Helio Ventura

Helio Ventura
Helio Ventura, Cientista Social e Músico

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Caminhada em Copacabana prega a tolerância religiosa no Brasil

OBS.: Helio Ventura e Ruth Pinheiro, ambos do Centro de Apoio ao Desenvolvimento (CAD) e do Escritório Operativo Nacional do Congresso Nacional de Negras e Negros do Brasil (CONNEB), estiveram presentes na caminhada. Distribuíram jornais e folders do CONNEB e convidaram as pessoas a participarem das próximas atividades previstas, a saber:
24/09, 18h, COLYMAR: Reunião da Comissão Executiva Estadual;
17/10, 09h, Mesquita: Seminário do CONNEB sobre Reparação;
07/11, 09h, CEDIM: Assembléia Estadual de tirada de delegados para Salvador;
26 a 29/11: Assembléia Nacional do CONNEB em Salvador / BA.

20/9/2009 14:06:51
Caminhada em Copacabana prega a tolerância religiosa no Brasil

Por Redação - do Rio de Janeiro


Copacabana é palco de manifestações

Uma multidão composta por umbandistas, católicos, evangélicos, muçulmanos, candomblecistas, kardecistas, judeus, presbiterianos, agnósticos e ateus integrou a II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, neste domingo. Sob um sol tímido e mormaço escaldante, a presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (Ceub), mãe Fátima Dantas, defendeu junto aos repórteres presentes ao evento o diálogo como a principal forma de combate à intolerância religiosa.

– A única forma de entendimento é por intermédio do diálogo. É a gente provar que está fazendo um trabalho sério – afirmou.

Além de integrar a comissão organizadora da caminhada, a presidente da Ceub assegurou que o movimento visa a promoção da paz entre os cidadãos do mundo.

– Não queremos que o Brasil venha a passar por uma guerra santa, como estamos vendo lá fora. Por isso, estamos nessa luta – afirmou.

Dantas apontou como exemplo o caso de pastores evangélicos que invadiram um templo umbandista no bairro do Catete, Zona Sul do Rio, em junho do ano passado, e depredaram a Cruz de Oxalá. Este, segundo a umbandista, é mais um motivo para continuar a luta contra a intolerância religiosa.

http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=157684


20/09/09 - 17h29 - Atualizado em 21/09/09 - 07h58

Passeata por tolerância religiosa leva milhares de fiéis à Praia de Copacabana

Segundo a organização, 80 mil pessoas participaram do evento.
Eles ocuparam a Av. Atlântica em defesa da liberdade de culto.

Do G1, no Rio, com informações da Globo News


Cerca de 80 mil pessoas participaram neste domingo (20), na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, da segunda Caminhada em Defesa da Liberdade Reiligiosa. Os números foram divulgados pela organização.

Vestidos de branco em sua maioria, os fiéis ocuparam a Avenida Atlântica entoando cânticos e celebrando liberdade de culto, contra a intolerância religiosa.

Até ateus participaram

De acordo com a organização, até ateus participaram da passeata, alegando o direito à liberdade de não ter crença. Houve ainda participação de católicos, evangélicos, muçulmanos, ciganos, índios, budistas, hare krishnas e judeus.

Cerca de 80 mil pessoas participaram da passetada (Foto: Wilton Junior / Ag. Estado)

Ainda segundo os organizadores, o evento contou com delegações de países como Argentina, Angola, Congo e Nigéria, além de 23 estados brasileiros.

“Todo mundo tem o direito a escolher o que quer para si. No meu caso, resolvi ser umbandista. As pessoas têm que respeitar”, afirmou Elisângela de Lima Basílio, gestora de Marketing.

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1311360-5606,00.html


domingo, 20 de setembro de 2009, 18:33 | Online

Fiéis em defesa da liberdade religiosa ocupam Copacabana

Mais de 80 mil pessoas participaram da 2.ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa em Copacabana, no Rio

Adriana Chiarini, de O Estado de S. Paulo


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Representantes de várias religiões ocupam mais de um quilômetro da orla da Praia de Copacabana. Foto: Wilton Junior/AE

RIO - Umbandistas, católicos, evangélicos, hare krishnas, muçulmanos, judeus, ciganos, espíritas kardecistas e candomblecistas, entre outros, participaram da II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, pela orla de Copacabana. Mais de 80 mil pessoas do Rio, de outros estados e de outros países estiveram no evento, segundo a organização, que atribuiu a estimativa à Polícia Militar.

Com ponto de encontro no Posto Seis, às 10h, a caminhada se prolongou e perto das 16h a massa de milhares de pessoas, a maioria com roupa branca, começava a chegar perto do Leme. O evento contou com quatro carros de som com um volume que permitia que os cantos, discursos e gritos de guerras fossem ouvidos dentro de apartamentos a três quarteirões de distância da praia. Os grupos Olodum, Ilê Aiyé e Filhos de Gandhi estavam entre os participantes.

A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, foi à caminhada, mas não foi autorizada a subir a um dos carros de som, de acordo com a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), que organizou o evento. Segundo o CCIR, o motivo é que a caminhada não faz parte de movimentos políticos e nenhuma pessoa com cargo político seria autorizada a falar sem aviso prévio.

A integrante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e islâmica Latifa Ahmad Mohammad , disse que, devido à ignorância, muitos olham os mulçumanos como se fossem terroristas. "No Islã, o terrorista também é criminoso", disse. Outros grupos relataram preconceitos como os ciganos, os candomblecistas e umbandistas.

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,fieis-em-defesa-da-liberdade-religiosa-ocupam-copacabana,438191,0.htm

21/09/2009 - 11h44 - Atualizado em 21/09/2009 - 11h49

Marcha pela Liberdade Religiosa leva fiéis a Copacabana


Foto: Vc no G1
As cores de várias crenças tomaram Copacabana. (Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/VC no G1)

Um grande número de pessoas, "invadiu" Copacabana neste último domingo (20).

O Objetivo da caminhada era defender a liberdade religiosa. Evangélicos, católicos, umbandistas, agnósticos e ateus, caminharam pela orla - muitos deles vestidos com as indumentárias de suas religiões.

No ato, eles lembraram que a intolerância e a discriminação pela prática de religião tem dizimado vidas pelo mundo. Recentemente, em Jacarepaguá, um centro espírita foi destruído e várias imagens foram quebradas. Crianças, jovens e idosos fizeram uma confraternização, onde a palavra diferença, não fazia parte do dicionário.

Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/VC no G1
Adeptos de várias as religões estavam presentes. (Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/VC no G1)

Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/VC no G1
Ciganos, judeus, umbandistas, participaram da festa. (Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/VC no G1)

Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/VC no G1
Crianças também participaram do evento. (Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/VC no G1)

http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL1311934-8491,00-MARCHA+PELA+LIBERDADE+RELIGIOSA+LEVA+FIEIS+A+COPACABANA.html


Religiosos fazem caminhada contra a intolerância em Copacabana

Rio - Umbandistas, católicos, evangélicos, muçulmanos, candomblecistas, kardecistas, judeus, presbiterianos participam neste domingo da 2ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na praia de Copacabana, Zona Sul do Rio.

A presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (Ceub), mãe Fátima Dantas, defende o diálogo como a principal arma contra a intolerância religiosa. “A única forma de a gente se entender é por meio do diálogo. É a gente provar que está fazendo um trabalho sério.”

Integrante da comissão organizadora da caminhada, a presidente da Ceub assegurou que o movimento prega paz. "Não queremos que o Brasil venha a passar por uma guerra santa, como estamos vendo lá fora. Por isso, estamos nessa luta.”

Ela citou como exemplo o caso de pastores evangélicos que invadiram um templo umbandista no bairro do Catete, zona sul do Rio, em junho do ano passado, e depredaram a Cruz de Oxalá. Apesar disso, ela prometeu dar seguimento à luta contra a intolerância religiosa. “Não vamos parar.”

Outro membro da comissão é frei Athaylton Jorge Monteiro Belo, o frei Tatá, da Ordem dos Franciscanos. Ele confirmou que apesar de ser maioria no Brasil (73%, de acordo com dados do censo de 2000), os católicos também são alvos de perseguição religiosa. “Infelizmente, [os católicos] sofrem algum tipo de discriminação, embora sejam ainda maioria no país.”

Para o muçulmano Salah Al-Din Ahmad Mohammad, da Sociedade Beneficente de Desenvolvimento Islâmico, não existe dentro de antigos movimentos brasileiros o respeito à diferença religiosa. No Brasil, a Lei 7.716/89 considera crime inafiançável a intolerância religiosa e o racismo.

Segundo Ahmad, batizado no Brasil como Marco Antonio dos Santos, os umbandistas e candomblecistas, por exemplo, “foram e continuam sendo sistematicamente violados”. Disse que também os muçulmanos sofrem limitações e agressões governamentais. Dentre essas, apontou o embarque nos aeroportos.

“As mulheres muçulmanas são obrigadas a retirar os seus hijabs (véus), enquanto as mulheres católicas passam e não são sequer solicitadas a conversar com a Polícia Federal. Então, a comissão vem fazendo um trabalho fundamental de conscientização e de luta pela igualdade religiosa. Nós, muçulmanos, vemos essa comissão como um fator de equilíbrio na balança do poder brasileiro”.

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/9/religiosos_fazem_caminhada_contra_a_intolerancia_em_copacabana_36118.html


Diversidade reúne mais de 80 mil pessoas de crenças diferentes na Princesinha do Mar



Uma passarela repleta de cores vibrantes, diversidade de linguas, manifestações religiosas, orações e um grito em comum "Liberdade Religiosa". Neste clima descontraído, alegre e fraterno segue pela Orla de Copacabana a II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, acompanhada por mais de 80 mil fiéis, segundo informações do 19º BPM (quatro vezes o número de pessoas do ano passado). Enquanto que, no alto dos quatro trios elétricos, líderes religiosos debatem a intolerância e chamam a atenção das autoridades para a problemática mundial, ao longo da avenida Atlântica e até nas areias de Copacabana os fiéis, moradores e banhistas comentam histórias sobre o assunto em pauta. Muitos são parentes ou vítimas de ataques religiosos e buscam, no diálogo com outras pessoas que passaram pela mesma experiência, um consolo para a humilhação sofrida.



Kardecistas, umbandistas, muçulmanos, ciganos, católicos, krishnas, judeus, camdomblecistas, evangélicos e povos de etnias como a anglo congonesa estão representadas na manifestação. Com cartazes paramentados e em forma de orações, danças, gestos ou gritos de guerra, eles pedem juntos pelo direito à liberdade religiosa.



A Baixada Fluminense foi representada por uma caravana com aproximadamente 100 kardecistas e umbandistas do município de Nilópolis, organizada pelo Centro Espírita Caridade Guarany. Para o subentendente para Igualdade Racial, Gessy de Gouveia, mobilizações de povos distintos como esta, organizada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, é fundamental para reformular as bases sociais preconceituosas. Animado com a força congregadora da caminhada, Gessy confia que novos rumos serão traçados daqui em diante.



Informação para dar fim ao preconceito, diz islâmica



Para a integrante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e islamica Latifa Ahmad Mohammad , a informação é o mais importante para acabar com o preconceito. Segundo Latifa, o simples fato dela e o marido entrarem no metrô com uma pasta preta ou algo parecido já causa reação nas pessoas, que, muitas vezes, se afastam por acreditar que eles podem ser terroristas.

- A informação é muito importante para acabar com o preconceito. Muitos olham os mulçumanos como terroristas, e não é assim. As pessoas me veem de véu e fazem brincadeiras. Quando meu marido entra no metrô, olham para ele como se fosse um homem-bomba, só por causa da pasta do lap top. No Islã , o terrorista também é criminoso-, contou Latifa.

Os hare krishnas também tiveram seus representantes na caminhada. Para a religiosa Raga Bhumi , um evento como este é muito importante , já que o planeta vive uma situação em que a tolerância religiosa é primordial para se contruir um pilar de igualdade social. Para ela, deve haver mais proteção às atividades contemplativas. Já os congoleses mostraram que tolerância religiosa é uma marca do país deles. Segundo o presidente da Comunidade Anglo-Congolesa no Brasil, Lubadikadio Berry, os integrantes tem diversas religiões. Para eles, o importante é seguir a Deus. Para Lubadikadio , ninguém pode obrigar uma pessoa a seguir determinada religião. Para ele, a divisão gera guerra e só a união pode trazer a paz.

- Nós não temos uma religião definida, até porque Deus não tem religião. A nossa comunidade quer unir os africanos que estão espalhados pelo Brasil. O nosso intuito é unir essas pessoas para resgatar a nossa cultura, fazendo trabalhos em escolas, ensinado nossa história, dança, moda e culinária -, afirmou.

Alegres, coloridos e animados. Assim, os ciganos clamaram pela liberdade de culto e religião. Segundo o presidente da União Cigana do Brasil, Mio Vacite, as pessoas devem ter livre arbítrio para escolher a religião a que vão seguir, até por ser um direito constitucional. No entanto, apesar de não ter uma religião específica, os ciganos, segundo Vacite, sofrem discriminação, muitas vezes, velada.

- Muitos ciganos preferem ficar no anonimato para não se prejudicar na vida profissional. A intolerância acontece de forma velada. Muitas vezes, quando as pessoas descobrem que um colega de trabalho é cigano, se afastam e até prejudicam a pessoa. Então, muitos ciganos preferem se esconder.

O Pai Nosso , uma das mais conhecidas orações cristãs, foi recitada por aproximadamente 60 mil pessoas. Quem iniciou a oração foi a diretora do Conselho Espírita do Rio de Janeiro, Cristina Brito, que afirmou ter ficado muito honrada e emocionada por particpar da caminhada. Para ela, o evento vai contribuir para que as pessoas tenham menos preconceito.

Ano Novo para os judeus

Em um dia de festa para a comunidade judaica, já que hoje é celebrado o Rosh Hashaná, o Ano Novo para os judeus, Patricia Tolmasquim, membro eleita do Conselho Deliberativo da Comunidade Judaíca no Rio de Janeiro, preferiu estar em Copacabana a ir à sinagoga. Para ela, a manifestação livre é um direito democrático que muitos povos ao redor do mundo não possuem.

- O povo iraniano quando quer protestar sobre alguma coisa tem que ir às ruas calado, mas nós temos o privilégio da liberdade de expressão e temos que saber utilizar. Copacabana, hoje, está emanando a divindade. Nós sempre vamos apoiar manifestações como estas de paz e união. Por isso, fiz questão de vir aqui mesmo sendo nosso Ano Novo -, contou Patrícia.

O porta-voz da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, declarou, com a chegada dos trios no fim do evento, que a os membros da instituição eram os únicos responsáveis pelo sucesso do acontecimento.

- Esta festa bonita que estamos participando é fruto do apoio de todos os membros da comissão. Os recursos não chegaram, e a presença dos trios aqui é fruto do empenho da comissão. Voltem para suas casas e mantenham o diálogo em torno da tolerância religiosa -, declarou.



Segundo bombeiros que estavam no local, apenas uma senhora teve mau súbito, por volta de meio-dia, mas foi atendida e liberada em seguida. Duas crianças banhistas, que não participavam da caminhada, ficaram perdidas pela tarde, mas foram encontradas.



Grande parte da Orla de Copacabana ficou pintada de branco. Quase dois quilômetros foram tomados pelos religiosos, que cantavam e dançavam ao som de grupos rítmicos como o da Pastoral Negra, do Movimento Hare Krishna, Orunmila, Afoxé Raízes Africanas, Afoxé Bamba no Aro e Afoxé Maxambomba. Olodum, Ilê Aiyé e Filhos de Gandhi encerraram o evento, no fim da tarde, com um grande show no Posto 2, da Praia do Leme.



Em iorubá, “Faz um Milagre em mim” emociona a todos
Um dos pontos altos do evento foi a música gospel "Faz um milagre em mim", cantada em iorubá. O tradutor e cantor foi o sacerdote candomblecista Babá Òguntundelewa, de Nova Iguaçu, que interpreta a música em festivais, há pelo menos dois meses. Segundo Babá, o objetivo da tradução é mostrar que não existem diferenças quando o assunto é a convivência harmoniosa das religiões.






Presenças internacionais marcam a II Caminhada

em Defesa da Liberdade Religiosa,

neste domingo, em Copacabana



A II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa – neste domingo (20 de setembro) – no Posto 6, da praia de Copacabana é marcada por participações internacionais. O pastor Jeremiah Wright (que casou Obama e batizou as filhas do presidente americano) vem de Chicago especialmente para o evento. Outras presenças internacionais são a do Arabá de Ilê Ifé (o mais alto sacerdote da tradição yorubá), vindo diretamente da Nigéria para a Marcha e do Oluwo Bangkoli Jokotoyé, de Ogmobosó. Será um encontro inusitado, mas que vai entrar definitivamente para a história da cidade.



Este ano, a produção artística do evento está muito mais organizada: os grupos Olodum e Ilê Aiyé vêm de Salvador, com recursos próprios, para um espetáculo de fé e cidadania. Todos os grupos que se apresentarão na II Caminhada são formados por religiosos e nenhum deles cobrou cachê. Todas as religiões estarão representadas. Um CD gravado com canções religiosas dará o tom da diversidade do evento. Os religiosos vão cantar a tradução em yorubá da música “Faz um milagre em mim” – hit evangélico – no ritmo Ijesá.



Delegações e caravanas: São esperadas seis delegações internacionais – Nigéria, Angola, Congo, Argentina, Uruguai e Paraguai – além de caravanas oriundas de 23 estados do Brasil. A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa espera receber 150 ônibus de fora do Rio de Janeiro. Não há estimativas sobre a quantidade de ônibus de outros municípios do Estado. A expectativa de público é de 100 mil participantes.

Os ônibus, após deixarem os religiosos no Posto 6, seguem para estacionar no Teleporto.



Estrutura – A II Caminhada será composta por quatro trios elétricos e a divisão é a seguinte: no primeiro caminhão ficam as lideranças religiosas internacionais e de maior expressão no país, de todas as religiões; no segundo caminhão acontecem os shows; o terceiro e o quarto trios estarão os religiosos mais velhos. A produção envolve mais de 200 técnicos, seguranças e pessoal de apoio.



Apoios – Este ano a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa também ampliou o leque de apoios. Apóiam a II Caminhada a Petrobras, Secretaria Especial de Políticas de Inclusão e Igualdade Racial (Seppir), Metro Rio, SuperVia, Superintendência de Políticas de Inclusão Racial do Governo do Estado do Rio (Superdh) e a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia.



Imprensa – Uma tenda de 200 m2, montada sobre as areias do Posto 6, abrigará uma mini-redação e servirá como apoio aos jornalistas que estiverem fazendo a cobertura da Caminhada. A FAETEC doou 10 computadores, conectados a internet, que ficarão à disposição da imprensa e dos veículos de comunicação especializados em religião. Todos os jornalistas que compõem a assessoria de imprensa da II Caminhada são religiosos – umbandistas, candomblecistas, católicos e evangélicos.









Debate sobre liberdade religiosa e democracia

No Rio, religiosos se encontraram para debater um livro que mostra como a liberdade de religião também ajuda a sustentar a democracia.



por
Sandra Passarinho
Rio de Janeiro



O livro "Intolerância Religiosa Versus Democracia" é uma coletânea de artigos publicados pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas.
O lançamento reuniu representantes de diversas religiões num auditório do Riocentro.

O tema do encontro foi a liberdade religiosa como um direito do cidadão e também um alerta para o risco que a intolerância religiosa representa numa democracia. "A democracia é um bem muito caro para a sociedade. A liberdade religiosa é igual a liberdade de expressão e a liberdade política", afirmou o babalaô de Candomblé, Ivanir dos Santos.


A representante da comunidade judaica acredita que o cidadão precisa ser mobilizado para respeitar escolhas diferentes da sua. "Esse trabalho é muito positivo nesse sentido, que faz com que pessoas tomem consciência do preconceito e tomando consciência o erradicam de vez", afirma Daniel Kuperman, representante da Comunidade Judaica.

O reverendo Marcos Amaral disse que os protestantes estão preparados para enfrentar os conflitos do mundo moderno. "Presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, somos o seio da reforma protestante e nós convivemos com traquilidade com o diálogo inter-religioso".

Frei Tatá, Franciscano, convive com os problemas dos fiéis de uma área carente e violenta do Rio, mas acredita que existe um movimento para consolidar uma democracia religiosa. "É bonito ver a construção que está acontecendo. É um momento evangélico".


fonte: http://g1.globo.com
16/09/09 - 23h59 - Atualizado em 17/09/09 - 01h39


Transplante pode curar anemia falciforme

17/09/2009 - 16h21

Transplante pode curar anemia falciforme

FERNANDA BASSETTE

da Folha de S.Paulo

A Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea acaba de concluir o consenso que inclui a anemia falciforme entre as doenças que têm indicação de transplante de medula óssea. As novas orientações serão publicadas na "Revista Brasileira de Hematologia".

A elaboração do documento levou em consideração dados da literatura internacional, que apontam cura dos doentes tratados com transplante. É considerado curado o paciente que não desenvolve mais a doença depois de cinco anos.

Atualmente, esse tipo de procedimento não consta da lista de indicações do Ministério da Saúde, por isso ele ainda não é coberto pelo SUS. Os cerca de dez transplantes realizados no Brasil foram feitos em caráter experimental, em centros especializados. No mundo, foram realizados cerca de 400.

A anemia falciforme, que atinge principalmente a população negra, é uma das doenças genéticas mais frequentes no país. Ela costuma ser diagnosticada clinicamente, por causa da anemia. Em alguns Estados brasileiros, o diagnóstico é feito durante o teste do pezinho.

Arte/Folha de S. Paulo
Veja acima os problemas causados pela anemia falciforme aos glóbulos vermelhos e como funciona o transplante
Veja acima os problemas causados pela anemia falciforme aos glóbulos vermelhos e como funciona o transplante

A doença provoca mudanças no formato das hemácias (glóbulos vermelhos) --em vez de serem redondas, passam a ser rígidas e a ter formato de foice.

Isso causa dois problemas: quando o organismo detecta a anormalidade, passa a destruir as hemácias, o que leva à anemia crônica. Além disso, o formato de foice dificulta a circulação e facilita a formação de coágulos, aumentando o risco de AVC e de trombose.

O tratamento atual envolve uso de medicamentos e também transfusões de sangue para corrigir a anemia. "O problema é que esses pacientes estão sujeitos aos riscos da transfusão crônica e à sobrecarga de ferro no sangue", diz o hematologista Luís Fernando Bouzas, diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca (Instituto Nacional de Câncer).

De acordo com Bouzas, já existe uma experiência razoável de transplantes em anemia falciforme no exterior. Ele ressalta que a indicação é adequada em alguns casos específicos.

Bouzas diz que a SBTMO recomenda o transplante para pacientes que já apresentam algum grau de deficit neurológico, que já sofreram ao menos um episódio de AVC, que tenham doença vaso-oclusiva grave ou que sejam resistentes ao tratamento padrão.

"Estimamos que cerca de 20% dos pacientes com anemia falciforme terão a indicação para o transplante. A discussão com o Ministério da Saúde tem como objetivo beneficiar essas pessoas", afirma.

O hematologista Vanderson Rocha, diretor-científico do Projeto Eurocord, é um dos defensores do transplante nesses casos. Segundo Rocha, o Hospital Saint Louis, na França, já realizou 54 transplantes do tipo, sendo que 53 pacientes são considerados curados e apenas um rejeitou o transplante.

"Os resultados são muito bons, essas pessoas estão curadas. Três anos de tratamento com drogas e transfusões de sangue correspondem ao preço do transplante", afirma.

O imunologista Júlio Voltarelli, responsável pela Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, concorda. Ele já tratou cinco pacientes com transplante e todos os resultados são positivos. "O Brasil tem uma população enorme de negros e afrodescendentes. Muitos seriam beneficiados", diz.

Apesar de ser uma alternativa promissora, o transplante tem algumas limitações: o paciente precisa encontrar um doador na família (30% de chances), pois, como a técnica não é regulamentada, não é possível buscar pessoas compatíveis nos cadastros.

"O processo [de transplante] custa cerca de US$ 30 mil. Esse é um custo que o Ministério ainda não cobre para esse tipo de doença", afirma Voltarelli. Além disso, o transplante também tem uma fase crítica, com risco de morte por causa da baixa imunidade do paciente. "O transplante não é para todos. O médico tem que avaliar os reais riscos e benefícios."

O Ministério da Saúde informou, em nota, que ainda não incluiu a anemia falciforme na lista de indicações de transplante, pois acredita que os estudos ainda não apresentam evidências suficientes para recomendar a disponibilização da técnica de forma irrestrita.

A pasta informou, ainda, que pretende iniciar um protocolo de pesquisa para avaliar a eficácia e a segurança da técnica. Os pacientes seriam acompanhados em centros de referência escolhidos pelo ministério.

IBGE: maioria da população se considera parda ou negra

18/09/2009 às 16:07 | ATUALIZADA EM: 18/09/2009 às 16:52

IBGE: maioria da população se considera parda ou negra

Agência Estado

A PNAD 2008 apontou que, no ano passado, pela primeira vez, mais da metade da população brasileira - 50,6% dos habitantes, ante 50% em 2007 - se declarou parda ou negra. Mas, com uma peculiaridade: na pesquisa, a participação das populações negra e branca no total de brasileiros recuou, enquanto as de mestiços e outros (que abrange amarelos e indígenas) cresceu.

Em 2007, o número de negros tinha crescido em comparação com 2006, em movimento atribuído por especialistas às políticas de ações afirmativas,como reservas de vagas em universidades públicas para afrodescendentes. Este ano, contudo, a curva se inverteu, embora o crescimento dos pardos tenha persistido - o grupo também é, em geral, beneficiado pelos mesmos instrumentos que os negros.

A sondagem apontou que, em 2007, 42,5% dos brasileiros se diziam pardos, porcentual que subiu para 43,8% em 2008. Os negros, contudo, reduziram sua participação na população nacional de 7,5% para 6,8%. Houve ainda crescimento dos entrevistados que classificaram sua condição étnica como "outra" - que passaram de 0,8% para 0,9% dos habitantes do Brasil. Já os que se dizem brancos reduziram sua presença na população - em tendência já observada em pesquisas anteriores - de 49,2% para 48,4%.

"O que vínhamos detectando é que cada vez mais brancos começavam a se declarar pardos, porque aumentava a consciência do seu pertencimento; as últimas PNADs já refletiam esse aumento", disse o pesquisador Renato Ferreira, do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). "Agora, o fato de negros se declararem pardos não costumava acontecer. Esse indicador nunca acelerou muito. A oscilação apontada (entre os que se dizem negros) não é tão grande. Pode ser alguma coisa estatística. O que continua valendo é que está aumentando a consciência das pessoas."

Somente a Região Centro-Oeste registrou queda na proporção de pessoas que se dizem pardas, de 2007 para 2008, de 50,9% para 50,2% (0,7 ponto porcentual a menos). Nas demais, houve crescimento. A Norte foi a região onde a expansão foi maior, de 68,3% para 71%, salto de 2,7 pontos porcentuais. Em seguida, veio o Sudeste, com aumento de 2 pontos porcentuais, de 32,4% para 34,4%. Mesmo o Sul, onde predominam descendentes de imigrantes de origem europeia, sobretudo alemã e italiana, registrou aumento de pardos, de 16,4% para 17%, 0,6 ponto porcentual.

Fonte: http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=1233483