Helio Ventura

Helio Ventura
Helio Ventura, Cientista Social e Músico

segunda-feira, 30 de abril de 2012

As Cotas são Constitucionais!!!


Viva, viva !!! 
     Cotas em Universidades Federais 
            Todos os ministros votaram a favor!!!

                   “Ações afirmativas se definem como políticas públicas voltadas a concretização do princípios constitucional da igualdade material a neutralização dos efeitos perversos da discriminação racial, de gênero, de idade, de origem. [...] Essas medidas visam a combater não somente manifestações flagrantes de discriminação, mas a discriminação de fato, que é a absolutamente enraizada na sociedade e, de tão enraizada, as pessoas não a percebem."     
26/04/2012 20h17 - Atualizado em 26/04/2012 20h26
Veja frases marcantes do julgamento sobre cotas raciais no Supremo
STF decidiu por unanimidade que é constitucional reservar vaga para negro.
Supremo julgou ação do DEM que questionou sistema de cotas da UnB.
Do G1, em Brasília
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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que é constitucional a adoção de políticas de cotas raciais em instituições de ensino. Dos onze ministros do tribunal, somente Dias Toffoli não participou do julgamento porque elaborou parecer a favor das cotas quando era advogado-geral da União.
A ação julgada, protocolada pelo DEM, questionou o sistema de cotas raciais na UnB, com reserva de 20% das vagas do vestibular exclusivamente para negros e vagas para índios independentemente de vestibular. Outras duas ações na pauta do STF, que não começaram a ser analisadas, abordam cotas raciais combinadas com o critério de o estudante vir de escola pública. Elas devem ser analisadas na semana que vem, segundo o presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto.
Veja abaixo frases dos ministros durante o julgamento.
O ministro Ricardo Lewandowski, relator de ações que contestam o sistema de cotas nas universidades (Foto:  Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
Ricardo Lewandowski, relator
Votou a favor das cotas raciais
"Justiça social mais que simplesmente distribuir riquezas significa distinguir, reconhecer e incorporar valores. Esse modelo de pensar revela a insuficiência da utilização exclusiva dos critérios sociais ou de baixa renda para promover inclusão, mostrando a necessidade de incorporar critérios étnicos."

Ministro Luiz Fux STF (Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)
Luiz Fux, ministro do STF
Votou a favor das cotas raciais
"A opressão racial dos anos da sociedade escravocrata brasileira deixou cicatrizes que se refletem na diferenciação dos afrodescendentes. [...] A injustiça do sistema é absolutamente intolerável."

Ministra Rosa Weber STF (Foto: Felipe Sampaio/SCO/STF)
Rosa Weber, ministra do STF
Votou a favor das cotas raciais
"Se os negros não chegam à universidade por óbvio não compartilham com igualdade de condições das mesmas chances dos brancos. Se a quantidade de brancos e negros fosse equilibrada poderia se dizer que o fator cor não é relevante. Não parece razoável reduzir a desigualdade social brasileira ao critério econômico."

Cármen Lúcia (Foto: Imprensa / STF)
Cármen Lúcia, ministra do STF
Votou a favor das cotas raciais
"As ações afirmativas não são as melhores opções. A melhor opção é ter uma sociedade na qual todo mundo seja livre par ser o que quiser. Isso [cota] é uma etapa, um processo, uma necessidade em uma sociedade onde isso não aconteceu naturalmente."

Joaquim Barbosa (Foto: Imprensa / STF)
Joaquim Barbosa, ministro do STF
Votou a favor das cotas raciais
“Ações afirmativas se definem como políticas públicas voltadas a concretização do princípios constitucional da igualdade material a neutralização dos efeitos perversos da discriminação racial, de gênero, de idade, de origem. [...] Essas medidas visam a combater não somente manifestações flagrantes de discriminação, mas a discriminação de fato, que é a absolutamente enraizada na sociedade e, de tão enraizada, as pessoas não a percebem."

Cezar Peluso (Foto: Imprensa / STF)
Cezar Peluso, ministro do STF
Votou a favor das cotas raciais
"Não posso deixar de concordar com o relator que a ideia [cota racial] é adequada, necessária, tem peso suficiente para justificar as restrições que traz a certos direitos de outras etnias. Mas é um experimento que o Estado brasileiro está fazendo e que pode ser controlado e aperfeiçoado."

Gilmar Mendes (Foto: Imprensa / STF)
Gilmar Mendes, ministro do STF
Votou a favor das cotas raciais, mas destacou que o ideal é um sistema de cota social
"Seria mais razoável adotar-se um critério objetivo de referência de índole sócio-econômica. Todos podemos imaginar as distorções eventualmente involuntárias e eventuais de caráter voluntário a partir desse tribunal que opera com quase nenhuma transparência. Se conferiu a um grupo de iluminados esse poder que ninguém quer ter de dizer quem é branco e quem é negro em uma sociedade altamente miscigenada."

Marco Aurélio Mello (Foto: Imprensa / STF)
Marco Aurélio Mello, ministro do STF
Votou a favor das cotas raciais
"Falta a percepção de que não se pode falar em Constituição Federal sem levar em conta acima de tudo a igualdade. Precisamos saldar essa dívida, no tocante a alcançar-se a igualdade."

Ministro Celso de Mello STF (Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)
Celso de Mello, ministro do STF
Votou a favor das cotas raciais
"Os deveres que emanam desses instrumentos [compromissos internacionais assumidos pelo Brasil] impõem a execução responsável e consequente dos compromissos assumidos em relação a todas as pessoas, mas principalmente aos grupos vulneráveis, que sofrem a perversidade da discriminação em razão de sua origem étnica ou racial."

Carlos Ayres Britto (Foto: Nelson Jr. / STF)
Ayres Britto, presidente do STF
Votou a favor das cotas raciais
"É preciso que haja um plus da política pública promocional. É preciso que haja uma política pública diferenciada no âmbito das próprias políticas públicas. Não basta proteger. É preciso promover, elevar, fazer com que os segmentos ascendam."

Veja frases de outros juristas durante o julgamento.
Roberta Kauffman, advogada do DEM, autor da ação que questionava as cotas
Sustentou posição contrária às cotas raciais
"A imposição de um modelo de estado racializado, por óbvio, traz consequências perversas para formação da identidade de uma nação. [...] Não existe racismo bom. Não existe racismo politicamente correto. Todo o racismo é perverso e precisa ser evitado."

Indira Quaresma, advogada da UnB
Sustentou posição favorável às cotas raciais
“A UnB tira-nos, nós negros, dos campos de concentração da exclusão e coloca-nos nas universidades. [...] Sistema de cotas é belo, necessário, distributivo, pois objetiva repartir no presente a possibilidade de um futuro melhor."

Luís Inácio Adams, advogado-geral da União
Se manifestou favoravelmente às cotas raciais
"Existe uma realidade social que reproduz uma realidade de discriminação. Não é uma realidade institucionalizada. Não existe uma lei que proíba a ascenção social do negro no país, mas existe uma realidade que se reproduz há séculos numa conveniente permanente extratificação social em que aparece o componente racial."

Juliana Ferreira Correa, representante do Movimento Pardo-mestiço
Se manifestou contra cotas raciais
"Não podemos simplesmente considerar pardos e negros como iguais, ou que o pardo está inserido na categoria negra. Fazer tal afirmação é também racismo."

Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça do governo Lula e advogado da Associação Nacional dos Advogados Afrodescendentes
Se manifestou favoravelmente às cotas raciais
"Estamos vivendo um momento histórico de trazer o negro para viver neste amparo das ações afirmativas consistentes nessas cotas, que há mais de 10 anos melhoram as cores dos álbuns de formaturas, que deixam de ser apenas brancos."

Déborah Duprat, vice-procuradora-geral da República
Se manifestou favoravelmente às cotas raciais
"Cotas com recorte étnico e racial tem o propósito de promover a diversidade étnica na academia e não resolver o problema social. [...] A missão que a universidade elege é que vai determinar os méritos para a admissão. Se a universidade elege como missão promover a diversidade é esse o critério a ser medido. É essa capacidade a ser analisada. A Constituição não prega o mérito acadêmico como único critério."

OAS COTAS DA UNB FORAM APROVADAS PELO SUPREMO

 GLOBO
AÇÕES AFIRMATIVAS

Por unanimidade, STF decidiu que reserva de vagas em vestibulares para negros e pardos é constitucional. Os ministros julgavam o caso específico da UnB, que adotou em 2004 cota de 20% para afrodescendentes


O Dia

STF aprova cotas raciais em universidades por unanimidade

Brasília -  Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quinta-feira, por unanimidade, que a reserva de vagas em universidades públicas com base no sistema de cotas raciais é constitucional. Durante dois dias de julgamento, os ministros analisaram a ação ajuizada pelo partido Democratas (DEM), em 2009, contra esse sistema na Universidade de Brasília (UnB).
O último ministro a se manifestar, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, disse que a política compensatória é justificada pela Constituição. Para ele, os erros de uma geração podem ser revistos pela geração seguinte.
“O preconceito é histórico. Quem não sofre preconceito de cor já leva uma enormevantagem, significa desfrutar de uma situação favorecida negada a outros”, explicou Britto.
Nove ministros acompanharam o voto do relator, Ricardo Lewandowski. O ministro Antônio Dias Toffoli se declarou impedido de votar, porque quando era advogado-geral da União posicionou-se a favor da reserva de vagas. Por isso, dos 11 ministros do STF, somente dez participam do julgamento.
Para o ministro Celso de Mello, as ações afirmativas estão em conformidade com a Constituição e com as declarações internacionais às quais o Brasil aderiu. De acordo com a ministra Cármen Lúcia, as políticas compensatórias garantem a possibilidade de que todos se sintam iguais.
“As ações afirmativas não são as melhores opções. A melhor opção é ter uma sociedadena qual todo mundo seja livre par ser o que quiser. Isso é uma etapa, um processo, uma necessidade em uma sociedade onde isso não aconteceu naturalmente”, disse a ministra.
Gilmar Mendes fez ressalvas sobre o modelo adotado pela Universidade de Brasília (UnB). Para ele, é necessária a revisão desse modelo, pois ele pode tender à inconstitucionalidade posteriormente.
“Todos podemos imaginar as distorções eventualmente involuntárias e eventuais de caráter voluntário a partir desse tribunal [racial da UnB], que opera com quase nenhuma transparência”, argumentou Mendes.
Para o DEM, esse tipo de política de ação afirmativa viola diversos preceitos fundamentais garantidos na Constituição. O partido justificou que vão ocorrer "danos irreparáveis se a matrícula se basear em cotas raciais, a partir de critérios dissimulados, inconstitucionais e pretensiosos", pois fica caracterizada "ofensa aos estudantes preteridos".
A UnB foi a primeira universidade federal a instituir o sistema de cotas, em junho de 2004. Atos administrativos e normativos determinaram a reserva de 20% do total das vagas oferecidas pela instituição a candidatos negros (entre pretos e pardos).
A ação afirmativa faz parte do Plano de Metas para Integração Social, Étnica e Racial da UnB e foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. No primeiro vestibular, o sistema de cotas foi responsável pela aprovação de 18,6% dos candidatos. A eles, foram destinados 20% do total de vagas de cada curso oferecido. A comissão que implementou as cotas para negros foi a mesma que firmou o convênio entre a UnB e a Fundação Nacional do Índio (Funai), de 12 de março de 2004.
Durante o julgamento, dois índios foram expulsos do plenário da Corte por atrapalhar a sessão durante o voto do ministro Luiz Fux. Os índios Araju Sepeti Guarani e Carlos Pankararu, que iniciaram a manifestação, foram imobilizados e retirados à força por um grupo de seguranças do Tribunal. Os índios criticaram o fato de só o sistema de cotas raciais estar em julgamento.
As informações são da Agência Brasil

Cotas raciais no ensino superior: quem estuda, aprova!!!!


Cotas raciais no ensino superior: quem estuda, aprova!!!!

O relator do processo no STF, ministro Ricardo Lewandowsk (parecer anexo) estudou e aprova!!
O plenário do Supremo Tribunal Federal estudou e aprova, por unanimidade!!
O Ministério Público estudou, e aprova!
A Advocacia Geral da União estudou, e aprova!
A Defensoria Pública Geral da União estudou, e aprova!
A OAB estudou, e aprova!

O ANDES-Sindicato Nacional estudou, e aprova!

E você, já estudou?

Paulo Vinicius Baptista da Silva
GT Educação e Relações Raciais da ANPED - Vice-Coordenador
Programa de Pós-Graduação em Educação - Coordenador
Universidade Federal do Paraná
Rua Gal Carneiro, 460 1º andar
Curitiba  PR - Brasil
80060150






quarta-feira, 11 de abril de 2012

O HOMEM É UM ANIMAL SOCIAL - O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO

1º ANO:

Prof. Helio Ventura
Disciplina: Sociologia

O HOMEM É UM ANIMAL SOCIAL

Lendas e mitos relatam histórias de heróis que, mesmo crescendo no isolamento, tornam-se humanos – Rômulo e Remo, Tarzan, Mogli –, apresentando comportamentos compatíveis com os demais seres humanos. Entretanto, para se tornar humano, o homem tem de aprender com seus semelhantes uma série de atitudes que jamais poderia desenvolver no isolamento. Já entre as outras espécies de animais, uma cria, mesmo separada do seu grupo de origem, apresentará, com o tempo, as mesmas atitudes de seus semelhantes, na medida em que estas decorrem, sobretudo, de sua bagagem genética e se desenvolvem de forma espontânea.

O cienasta alemão Werner Herzog trata justamente desse tema em seu filme O enigma de Kaspar Hauser, de 1974. Baseado no livro do austríaco Jacob Wassermann, ele mostra como um homem criado longe de outros seres de sua espécie é incapaz de se humanizar, não conseguindo desenvolver aptidões e reações que lhe dêem identidade e possibilidade de interagir satisfatoriamente com seus semelhantes.

Portanto, para que um bebê humano se transforme em um homem propriamente dito, viver e se reproduzir como tal, é necessário um longo aprendizado, em que as gerações mais velhas transmitem às mais novas suas experiências e conhecimentos. Essa característica da humanidade dependeu, entretanto, da nossa capacidade de criar símbolos que constituem as linguagens, por meio das quais somos capazes de nos comunicar, transmitindo aos outros o legado de nossa experiência de vida, compartilhando os sentidos que a ela atribuímos.

Dessa forma, o homem, transmite suas experiências e visões de mundo utilizando a comunicação, estabelecendo-se uma íntima identidade entre linguagem, experiência e realidade, que é a base do imaginário e do conhecimento humano.

Fonte: COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2005.

O processo de socialização

Um ser humano é um ser social que não tem a mínima capacidade de viver isoladamente, longe de outros indivíduos, mas sim precisa conviver com maior quantidade de outros humanos. Pois nós seres humanos temos necessidades de satisfação: há necessidades de amor, necessidades de segurança, pois todas as pessoas procuram um modo de vida segura e estável, necessidades fisiológicas, necessidades de estética, de beleza, religião, e para formar sua própria personalidade e visão do mundo.

Compreender a perspectiva sociológica acerca do ser humano é compreender também como o ser humano é socializado. Para que a sociedade funcione sem graves conflitos, o ser humano tem de ser socializado. Socialização é o processo pelo qual a sociedade ou comunidade ou grupo social ensina a seus membros seus costumes e regras.

A princípio, quando o ser humano nasce, ele é apenas um ser vivo existente, sem nenhuma cultura. A principal socialização se dá exatamente na primeira infância, por meio da família e da escola. É o que podemos chamar de socialização primária. Ela ocorre por meio dos “outros significativos”, que são todas as pessoas muito importantes em nossa vida e dos quais dependemos, como nossos pais, irmãos mais velhos e amigos íntimos.
A socialização secundária se dá num âmbito maior, por meio de todas as interações que travamos durante a vida. Por meio da socialização adquirimos o “direito” de atuarmos no grupo social em questão. É por meio da socialização que vamos adquirindo o nosso Eu, isto é, nossa identidade. É na infância que o processo de socialização é mais evidente. Porém, conseqüentemente através dos contatos com os indivíduos dos grupos a que pertence, o ser humano mescla, adapta seu conhecimento ao comportamento e regras impostas pela sociedade que vive.

É interessante notarmos que a criança descobre quem ela é quando descobre o que a sociedade é, ou seja, a sociedade e o Eu são o verso e o reverso de uma mesma realidade. Na medida em que os outros significativos vão dizendo para as crianças como elas devem agir, o que devem pensar, o que é o certo e o que é errado, ela vai aprendendo a agir em sua sociedade porque vai descobrindo como é sua sociedade. Os outros significativos vão se tornando o que, em sociologia, denominamos de “outros generalizados”, isto é, a sociedade. Por meio do processo de socialização as estruturas da sociedade tornam-se as estruturas de nossa mente.

E as crianças vão, ao mesmo tempo, criando uma identidade, aprendendo a usar os símbolos (linguagem) e aprendendo os seus papéis sociais. Podemos afirmar que a “natureza” humana não surge no momento do nascimento. Os homens adquirem uma “natureza” ou uma identidade por meio de suas associações e podem perdê-la (ou ela declina) quando se encontram isolados ou em ambientes diferentes do qual estão acostumados. Ou seja, podemos perder nossa identidade se ela não for, conforme a idéia de reciprocidade, reforçada e atualizada pelos outros de nosso grupo social.

O processo de socialização nunca é completo e perfeito. Se assim o fosse seríamos robôs, verdadeiros autômatos. E ninguém é capaz de ser socializado em todos os aspectos de sua sociedade. Imaginem em nossa sociedade complexa, urbana e industrializada: para a socialização ser completa teríamos que aprender tudo, vivenciar tudo, participar de tudo. Impossível. Ao mesmo tempo a socialização nunca termina. Estamos sempre sendo socializados. A cada vez que ingressamos em um novo grupo social, nesse momento se inicia um novo processo de socialização onde aprendemos os códigos para bem atuarmos nesse grupo social.
Obviamente, existem algumas determinações genéticas, uma psiquê humana e outros fatores de influência tratados por outras ciências. Mas, para o pensamento sociológico, o principal fator de formação da identidade e personalidade de um indivíduo é sua socialização.

O processo de socialização é hoje promovido essencialmente pelo Estado. Tem ainda a colaboração de outras instituições que lhe são mais ou menos independentes. Mas também tem a participação de grupos formais e informais e da família.
Há uma idéia generalizada que o Estado tem um papel imprescindível neste processo. A família carece de tempo disponível, os grupos de credibilidade e abrangência e as outras instituições tiveram resultados desastrosos. A entrega deste processo a credos religiosos, a partidos políticos, a estruturas monolíticas e dogmáticas deu origem a exageros e desvios. O que hoje acontece, como reação a esta situação, é a sua deposição nas mãos do Estado.

Efetivamente o Estado tem ou pode assumir muitas das características que lhe permitem ser o principal mentor do processo de socialização. Mas como organização humana que é está longe da qualquer pretensa perfeição. O Estado moderno, laico e “democrático”, como o conhecemos, existe e com intermitências há somente cerca de dois séculos e vai permitindo articular satisfatoriamente a relação do homem com os seus semelhantes individuais, com os grupos e com a humanidade, mas só desde que todos (ou ao menos a maioria) partilhem os mesmos valores básicos.

Para interagir com o grupo de referência o individuo deverá aprender os valores, a regras sociais, consideradas corretas pelo grupo, e os padrões de comportamento do grupo. Assim, quando um indivíduo passa ter patrimônio cultural relativo a determinado grupos social, ele estará conseqüentemente potencializado para interagir com este grupo. Quando o indivíduo assimila esses efeitos ele já esta pertencendo a este grupo.
Enquanto o indivíduo viver ele estará interagindo com a sociedade e cada vez mais aprimorando o seu sistema de socializar-se de forma correta.

Trabalho de Sociologia 1º Ano 1º Bimestre


1º Ano:

Trabalho de Sociologia: 1º Bimestre

A Alegoria da Caverna

A Alegoria da Caverna é o texto mais conhecido de Platão, que levanta muitas questões sobre a realidade e o conhecimento.

Na história, dois homens prisioneiros estão acorrentados numa caverna, virados de costas para a abertura, por onde entra a luz solar. Eles sempre viveram ali, nesta posição. Conheciam os animais e as plantas somente pelas suas sombras projetadas nas paredes. Um dia, um dos homens consegue se soltar, e vai para fora da caverna. Fica encantado com a realidade, percebendo que foi iludido completamente pelos seus sentidos dentro da caverna. Agora ele estava diante das coisas em si, e não suas sombras. Diante do conhecimento. Retornou para a caverna, e contou para o companheiro o que havia visto. Ele não acreditou, e preferiu continuar na caverna, vendo e acreditando que o mundo é feito de sombras. Para Platão, as coisas que nos chegam através dos sentidos (tato, visão, audição, etc), são apenas as sombras das idéias. Quem estiver preso ao conhecimento das coisas sensíveis apenas não poderá alcançar o mundo das idéias, ficando como o prisioneiro.

Explique os conceitos de alienação, senso comum, bom senso e conhecimento científico e faça associações entre estes conceitos e a “Alegoria da Caverna” de Platão.

Obs.: Em grupo de até 4 (quatro) componentes. Manuscrito. Em folha de papel almaço. Se pesquisar, não esquecer a bibliografia e utilizar no mínimo três fontes diferentes. Prestar atenção no que está sendo pedido para fazer corretamente.

Trabalho de Sociologia 2º ANO 1º Bimestre


2º Ano:

Trabalho de Sociologia: 1º Bimestre

O Analfabeto Político (Bertolt Brecht)

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Tendo por base o célebre texto “O Analfabeto Político” de Bertold Brecht, analise a importância da participação política e da cidadania plena para os cidadãos. Quais os caminhos para nos conscientizarmos de nossos direitos. O que podemos fazer para atuar mais ativamente?

Obs.: Em grupo de até 4 (quatro) componentes. Manuscrito. Em folha de papel almaço. Se pesquisar, não esquecer a bibliografia e utilizar no mínimo três fontes diferentes. Prestar atenção no que está sendo pedido para fazer corretamente.

Trabalho de Sociologia 3º ANO 1º Bimestre


3º Ano:

Trabalho de Sociologia: 1º Bimestre

A Ideologia pode ter outros sentidos além do que foi apresentado no texto trabalhado. Ela pode, por exemplo, referir-se a constituição de uma ciência que buscasse a gênese das idéias, procurando desvendar como as mesmas foram sendo criadas e divulgadas na sociedade. (Destutt de Tracy).
Ela ainda pode ser entendida como uma “visão de mundo” mais geral e hegemônica, que domina em certas conjunturas históricas por ser “coerente” com as demais estruturas sociais, o que poderia levar os indivíduos a atuar-agir em determinadas direções. Ela: “organiza a ação pelo modo segundo o qual se materializa nas relações, instituições e práticas sociais e informa todas as atividades individuais ou coletivas”. (GRAMSCI, 1978, p.377).
Em um outro sentido, ela pode ser entendida também como a forma de compreender o mundo que se baseia na aparência imediata dos fatos analisados, sem perceber a condição histórica-social-cultural  para produção dos mesmos. (Marx)


Baseado no que foi rapidamente apresentado acima e no texto trabalhado em sala de aula, disserte sobre o conceito de Ideologia e aponte elementos de sua vida cotidiana onde podemos identificar a sua presença, explicando como a Ideologia está presente eu sua vida e como influencia sua visão de mundo. Bom trabalho!

Obs.: Em grupo de até 4 (quatro) componentes. Manuscrito. Em folha de papel almaço. Se pesquisar, não esquecer a bibliografia e utilizar no mínimo três fontes diferentes. Prestar atenção no que está sendo pedido para fazer corretamente.