Helio Ventura

Helio Ventura
Helio Ventura, Cientista Social e Músico

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

CARTA ABERTA DA RREMAS SOBRE CASO DO MENINO DAS AGULHAS

NOTA PÚBLICA

NÓS DA REDE RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA DO SUBÚRBIO (RREMAS), VIMOS A PÚBLICO MANIFESTAR NOSSA INDIGNAÇÃO DIANTE DE MAIS UMA BRUTALIDADE QUE A IGNORÂNCIA POPULAR ATRIBUI A NóS COMO PRÁTICA RELIGIOSA. MAIS AINDA, NOS INDIGNAMOS COM O FATO EM SÍ QUE VITIMOU UM SER PEQUENINO NO TAMANHO, MAS GRANDE EM SUA ESSÊNCIA, INOCENTE E POR TUDO ISSO SAGRADO PARA NóS: UMA CRIANÇA (QUE ATÉ O NOME ESQUECERAM E QUE ESTÁ SENDO CHAMADO “MENINO DAS AGULHAS”); VÍTIMADA PELA INSANIDADE DE PESSOAS VISIVELMENTE DESCOMPENSADAS.

TÃO PASMOS COMO TODA POPULAÇÃO, TEMOS ACOMPANHADO AS REPORTAGENS ESPERANDO PARA ELE UM DESFECHO POSITIVO E QUE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ACORRAM ÀS NOSSAS LIDERANÇAS RELIGIOSAS PARA ALGUMA DECLARAÇÃO, COMO É DE PRAXE SE FAZER, EM CIRCUNSTÂNCIAS COMO ESTA, QUANDO UM IMPORTANTE SEGMENTO DA SOCIEDADE É CITADO OU RESPONSABILIZADO.

VIMOS A FALA DO MÉDIUM DIVALDO FRANCO, POR QUEM DEVOTAMOS RESPEITO; CONTUDO, NÃO PODE SER CONSIDERADA COMO BASTANTE A PONTO DE NÃO SE BUSCAR OUVIR OUTROS SEGMENTOS ESPIRITUALISTAS, PRINCIPALMENTE, O CITADO PELO REU-CONFESSO.

PREOCUPADOS COM O CRESCIMENTO DA CALÚNIA, ESTAMOS NOS ANTECIPANDO, PARA QUE NÃO CRESÇA SOBRE NÓS A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA OU PIOR, O ÓDIO RELIGIOSO, JÁ TÃO FORTEMENTE DISCEMINADO POR DETERMINADOS SETORES NEOPENTECOSTAIS, ATRAVÉS DE SUAS TÃO PÚBLICAS E “NOTÓRIAS” ATIVIDADES MERCADOLÓGICAS.

PORTANTO, DECLARAMOS QUE NUNCA HOUVE E NÃO HÁ EM NENHUMA DAS NAÇÕES RELIGIOSAS, DE CULTO A ANCESTRALIDADE AFRICANA E BRASILEIRA, AS QUAIS CHAMAMOS DE “RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA”, RITUAL, DE QUALQUER OBJETIVO, ENVOLVENDO SACRIFÍCIO DE VIDA HUMANA, SEJA QUAL FOR A FAIXA ETÁRIA, MUITO MENOS HAVERIA DA INFANTIL, QUE É POR NÓS TÃO RESPEITADA.

VALE RESSALTAR, QUE NÃO HÁ EM NENHUM DOS SACRIFÍCIOS RITUAIS QUE REALIZAMOS COM ANIMAIS, REQUINTES DE CRUELDADE. AS FAMÍLIAS BRASILEIRAS CONSOMEM TODOS OS DIAS, TONELADAS E MAIS TONELADAS DE CARNE ANIMAL SEM QUESTIONAR QUAIS OS MÉTODOS ADOTADOS PARA ABATÊ-LOS E, PODEMOS GARANTIR QUE NÃO SÃO NADA GENEROSOS, BOA PARTE DELES SÃO EXTREMAMENTE CRUÉIS. A DISPEITO DO QUE TRATAMOS AQUI, CONSIDERAMOS UMA RESSALVA IMPORTANTE, POIS QUE COMPLETA A INFORMAÇÃO E SE ANTECIPA AS ARGUMENTAÇÕES, HIPÓCRITAS E AMORAL EM SUA MAIORIA, DE QUE SACRIFICAMOS ANIMAIS.

AINDA VALE OUTRA RESSALVA, PARA O FATO DE QUE MESMO SE UMA DAS ACUSADAS FOSSE IYÁLÒRIXÁ (“MÃE DE SANTO”), NÃO SE PODERIA CONDENAR O CANDOMBLÉ; POIS QUE QUANDO UM MÉDICO ERRA, NÃO SE CONDENA TODA A MÉDICINA. ASSIM COMO O ERRO DE LÍDERES RELIGIOSOS, NÃO SE ATRIBUE ÀS SUAS MATRIZES RELIGIOSAS.

NÃO HÁ HISTÓRICO NEM LUGAR PARA ESTA MONSTRUOSIDADE QUE INSISTEM EM DAR VISIBILIDADE NO DISCURSO IGNORANTE E NÃO INOCENTE (PORQUE BUSCA SE EXIMIR DA RESPONSABILIDADE), DO CRIMONOSO, DE QUE UMA DAS ACUSADAS USAVA “OS CABOCLOS E ORIXÁS”, PARA SUA PRÁTICA ASSASSINA E DOENTIA. OS CABOCLOS, ORIXAS, VODUNS E INQUICES, DE CERTO VÃO COBRAR DELE E DE QUEM MAIS AFIRMAR TAL BARBARIDADE. ELES SÃO SERES DE LUZ E NA LUZ, RESPONSÁVEIS PELO EQUILÍBRIO DA TERRA, DAS PESSOAS E DE SUAS RELAÇÕES.

POR FIM, CONCLAMAMOS A TODAS AS ORGANIZAÇÕES DOS “POVOS DE SANTO” A QUEM PREFERIMOS CHAMAR DE “POVOS DE TERREIRO”, DA BAHIA E DE TODO O PAÍS, A SE MANIFESTAREM, PARA QUE MAIS ESTA INJUSTIÇA _ QUE ALIÁS, JÁ DESPONTA EM OUTROS ESTADOS, A EXEMPLO DO MARANHÃO, COMO “MAGIA NEGRA” E, AÍ AUTOMATICAMENTE AFIRMAM AUTORIA A Nós _ NÃO SE ATRIBUA A NOSSA TÃO BONITA RELIGIÃO. EMBORA, DIGA-SE DE PASSAGEM, NADA TEM HAVER O TERMO “MAGIA NEGRA” COM O CONHECIMENTO DA MAGIA AFRICANA, PASSADA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO HÁ MILHARES DE ANOS, , QUE MANIPULA OS ELEMENTOS DA NATUREZA PARA NOS EQUILIBRAR DIANTE DELA E NOS RELIGAR A ANCESTRALIDADE, LEMBRANDO QUE A HUMANIDADE SURGIU NA ÁFRICA. VALE DESTACAR, QUE MAGIA NEGRA é COISA DE SÉCULOS REMOTOS DA EUROPA.

AXÉ.

Comissão Organizadora: ILÊ AXÉ TORRUNDÊ / ILÊ AXÉ ODETOLÁ / ILÊ AXÉ OYÁ DEJI / ILÊ AXÉ OMIN ALA / ILÊ AXÉ GEDEMERÊ / TERREIRO GÊGE DAHOMÉ / ILÊ AXÉ IYÁ TOMIN / ILÊ AXÉ OGODOGÊ / ILÊ AXÉ LOGEMIN – contatos: 9966-6506 / 3394-8184,Guilherme de Xangô - Bàbálòrixá; 9908-5566 / 3408-1455 Valdo Lumumba-Ogan; 8716-5833 Edvaldo Pena - Huntó; 3521-1423 Dari Mota – Bàbálòrixá; 3394-8175, Wilson Santos - Bàbálòrixá.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Rede Record faz mais uma reportagem tendenciosa contra religiosidade afro-brasileira

Rede Record faz mais uma reportagem tendenciosa contra religiosidade afro-brasileira

Por Helio Ventura*

Na manhã de segunda-feira, dia 21 de dezembro, eu assistia a uma reportagem na Rede Record sobre o caso do menino de 2 anos que teve dezenas de agulhas inseridas em todo o corpo por seu padrasto, Roberto Carlos Magalhães Lopes, de 30 anos, e sua amante Angelina, em Ibotirama / BA. Assistia normalmente, quando percebi que havia algo a mais naquela reportagem que somente informar os telespectadores. Usando a expressão “magia negra”, a reportagem atribuía o fato a um ritual sugerido por uma Yalorixá (a reportagem se referiu a ela como “mãe-de-santo”). Maria Nascimento, conhecida como Bia, está à frente de uma Casa chamada Terreiro de Ogum. A reportagem tendenciosamente atribuiu a responsabilidade do ocorrido ao Orixá que dá nome á Casa. Segundo o padrasto do menino, “Senhor Ogum e Orixá ‘baixavam’ na mulher (Bia) e faziam isso (introduziam as agulhas no menino)”.

Destaco que foi dito na reportagem que eram imagens exclusivas de uma conversa informal com Roberto. Para quem sabe como agem muitos repórteres, dá para imaginar que ele deve ter sido induzido a frisar alguns termos em sua fala, como “Orixá” e “Senhor Ogum”. E mais: a reportagem desrespeitou e violou mais um terreiro, pois mesmo com Bia detida temporariamente na delegacia, filmaram no interior do terreiro, ao qual atribuíram os adjetivos de “escuro e sombrio”. Havia fixada em uma das paredes uma afiliação à Federação de Umbanda e Candomblé dos Cultos Afro-Brasileiros de Feira de Santana.

Somente depois de mais da metade da reportagem, foi colocada a parte em que Roberto diz que foi a amante quem introduziu as agulhas, quando o subconsciente já havia internalizado as primeiras informações, que culpava a Yalorixá Bia e o Orixá Ogum. Somente quando vi pela segunda vez a reportagem, na Internet, é que percebi que havia “entendido errado”, que Roberto não atribuiu toda a culpa à Bia e Ogum, o que mais uma vez evidenciou a tendenciosidade da reportagem, que fez com que eu e sabe lá quantos mais entendêssemos o que era de interesse da emissora. Então antes eu havia “entendido certo”, na perspectiva da emissora!

Na única vez que foi dada a chance da Yalorixá Bia falar, ela negou conhecer Roberto e a criança, e disse que eles jamais foram à sua Casa. Também tentou explicar que é uma benzedeira e que não faz “magia negra”. Já o delegado que cuida do caso disse que, em depoimento, Roberto confessou ter inserido ele mesmo as agulhas no menino. É contradição demais para uma reportagem só: na versão da emissora, foi a Yalorixá em ritual de “magia negra”; falando informalmente com a reportagem, sabe-se lá como e sem nenhum valor investigativo, Roberto disse ter sido “Senhor Ogum e Orixá”, e depois culpou a amante; já a versão oficial, informada pelo delegado que recolheu o depoimento de Roberto, diz que foi o próprio Roberto o autor. O advogado e Doutor em Psicologia, Jacob Goldberg, disse que os acusados não podem atribuir o fato a nenhuma questão religiosa, pois revela mais a má índole dos envolvidos, que ele definiu como “formação de quadrilha”, enfatizando que há quem se reúne para supostamente fazer louvores a Deus, mas que na verdade escondem uma tendência criminosa.

A produção da reportagem foi de Fabiano Falsi, Inês Salles e Ricardo Andreoni, e a edição de Claudia Dominguez e Fabio Harnbacher. Ela pode ser vista na íntegra no endereço http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/menino-que-teve-agulhas-retiradas-do-corpo-esta-estavel-20091221.html

Reportagens como essas não podem ser veiculadas livremente sem que sejam minimamente chamadas à responsabilidade pela ética. Gostaria de ver a emissora respondendo por este ataque gratuito à religiosidade de matriz africana. Estou indignado.

*Helio Ventura é Cientista Social e músico (helioventura@gmail.com).

Jurema Werneck para presidência do Conselho Nacional de Saúde

Jurema Werneck para presidência do Conselho Nacional de Saúde

Dia 10 de de novembro de 2009 acontecerá, em Brasília, a eleição para a presidência do Conselho Nacional de Saúde.

Jurema Werneck, formada em medicina, coordenadora do Criola - Organização de Mulheres Negras do Rio de Janeiro é candidata à presidência do CNS pela Articulação de ONGs de Mulheres Negras brasileiras, representando os usuários que, em reunião realizada ontem em Brasília, se definiram por uma candidatura única.
Apoiamos a candidatura de Jurema Werneck para a presidência do CNS por toda sua trajetória em defesa dos direitos humanos e de uma sociedade inclusiva, sem sexismo, sem racismo, sem lesbofobia e sem discriminação e preconceito de qualquer natureza.

Apoiamos Jurema Werneck por suas posições intransigentes em defesa de um SUS totalmente estatal e inclusivo.

Apoiamos candidatura de Jurema Werneck sobretudo porque a diversidade de sujeitos no SUS passa também pela presença na presidência do CNS de uma mulher, negra, feminista com a força, a ética e dignidade de Jurema Werneck. Seu conhecimento e sua luta em defesa da saúde pública e integral de toda a população, e em especial da população negra é sem dúvida um deferencial qualitativo que fortalecerá a ação estratégica de controle social à frente do Conselho Nacional de Saúde.

Apóie você também. Manifeste-se!



Liga Brasileira de Lésbicas
Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras
Rede de Mulheres Negras do Paraná/PR
Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra
Congresso Nacional Afrobrasileiro - SP
Rede Lai Lai Apejo - População Negra e Aids
ACMUN - Associação Cultural de Mulheres Negras -Rio Grande do Sul
AMMA Psique e Negritude -São Paulo
Bamidelê – Organização de Mulheres Negras da Paraíba -Paraíba
CACES Rio de Janeiro
Casa da Mulher Catarina Santa Catarina – Santa Catarina
Casa Laudelina de Campos Melo São Paulo
CEDENPA - Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará
Coletivo de Mulheres Negras Esperança Garcia - Piauí
CONAQ- Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas - Maranhão
Criola - Rio de Janeiro
Eleekó - Rio de Janeiro
Felipa de Sousa - Rio de Janeiro
Geledés - Instituto da Mulher Negra - São Paulo
Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa - Maranhão
Grupo de Mulheres Negras Malunga - Goiás
Irohin - Brasília
IMENA- Instituto de Mulheres Negras do Amapá - Amapá
Instituto Negras do Ceará - Ceará
Kuanza - São Paulo
Kilombo - Rio Grande do Norte
Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras - Rio Grande do Sul
Mulheres em União Minas Gerais
Nzinga - Minas Gerais
Observatório do Negro - Pernambuco
OMIN – Grupo de Mulheres Negras Maria do Egito – Sergipe
Promotoras Legais Populares Geledés – São Matheus - SP
SACI - Sociedade Afrosergipana de Estudos e Cidadania - Sergipe
Uiala Mukaji - Pernambuco
IBÁ - Instituto Brasil África - Goiás
Associação Pérola Negra - Goiânia - Goiás
CIA. DE TEATRO É TUDO CENA! - RJ
YÚN ASÉ ORIN- RJ
ILÊ AXÉ OMIM -RJ
Ruth Pinheiro - Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos neves
Helio Lucio dos Reis Ventura - Cientista Social e Músico (www.helioventura.blogspot.com)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

LINDO!!! SAMBA-ENREDO DA VILA ISABEL 2010!!!





Coisa linda o samba-enredo do G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel para 2010. Confesso que me emocionei. Martinho da Vila foi impecável na composição do samba, que fala sobre ninguém mais que Noel Rosa, no ano que marca o centenário de nascimento do eterno Poeta da Vila. Abaixo encontram-se link para ouvir o samba-enredo, a letra do samba e o próprio enredo do Carnaval 2010 da escola de Vila Isabel.


Ouça o samba da Vila Isabel para o Carnaval 2010: http://www.youtube.com/watch?v=VZRmTSyzadc








Samba-Enredo G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel 2010
Compositor: Martinho da Vila

Se um dia na orgia me chamassem
Com saudades perguntassem
Por onde anda Noel
Com toda minha fé responderia
Vaga na noite e no dia
Vive na terra e no céu
Seus sambas muito curti
Com a cabeça ao léu
Sua presença senti
No ar de Vila Isabel
Com o sedutor não bebi
Nem fui com ele a bordel
Mas sei que está presente
Com a gente neste laurel

Veio ao planeta com os auspícios de um cometa
Naquele ano da Revolta da Chibata
A sua vida foi de notas musicais
Seus lindos sambas animavam carnavais
Brincava em blocos com boêmios e mulatas
Subia morros sem preconceitos sociais

(Foi um grande!)

Foi um grande chororô
Quando o gênio descansou
Todo o samba lamentou
Ô ô ô
Que enorme dissabor
Foi-se o nosso professor
A Lindaura soluçou
E a Dama do Cabaré não dançou

Fez a passagem pro espaço sideral
Mas está vivo neste nosso carnaval
Também presentes Cartola
Araci e os Tangarás
Lamartine, Ismael e outros mais
E a fantasia que se usa
Pra sambar com o menestrel

Tem a energia da nossa Vila Isabel
Tem a energia da nossa Vila Isabel


Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/58696+ouca+o+samba+da+vila+isabel+para+o+carnaval+2010






Título do Enredo - Noel a Presença do "Poeta da Vila"

Presidente: WilsonVieira Alves

Presidente de Honra: Martinho da Vila
Superintendente: Wilson da Silva Alves
Carnavalesco: Alex de Souza
Comissão de Carnaval: Evandro Bocão, Decio Bastos, Amauri de Oliveira
Autores do Enredo: Alex de Souza & Alex Varela & Martinho da Vila

» Sinopse

1910. Ano marcado por grandes transformações, prenunciadas com a passagem do Cometa de Halley. Entre outros fatos: a Revolta da Chibata, liderada pelo “Almirante Negro”, João Cândido, cujo motim ameaçou bombardear o Rio de Janeiro, e o nascimento de Noël de Medeiros Rosa, popularmente conhecido como Noël Rosa, em 11 de dezembro. A partir deste dia, a música popular brasileira nunca mais seria a mesma.

O pai era um amante da cultura francesa. Pela proximidade com o período das festas natalinas deu ao filho o nome de Noël, termo que equivale a Natal entre os franceses. Também era tradição no bairro de Vila Isabel, no período natalino, passar o rancho, quando todos iam ouvir o canto das “Pastorinhas”.

Desde sua infância, Noël se revelava irreverente. Ele era da rua. Na escola, gostava das piadas proibidas e das brincadeiras obscenas. Começou estudando numa escola pública, e, depois se transferiu para o tradicional São Bento, onde imperavam os rigores educacionais.

A rua e os seus tipos eram a sua grande paixão. “Poeta-cronista” da cidade; cidade que cabia em Vila Isabel. Bairro síntese dos personagens cariocas: os pequenos burgueses, o bicheiro, os malandros, o seresteiro, o sinuqueiro, o carteador, o mendigo, o vigarista, o proxeneta, o valentão, entre tantos outros.

Noël preferia a luz das estrelas à luz solar. Ele acompanhava os cantores da madrugada com o seu inseparável violão. Ficou conhecido pelo bairro. No ano de 1929, um grupo formado por jovens de classe média do conjunto musical Flor do Tempo o convidou para formar um novo grupo: o Bando dos Tangarás, grupo composto por Almirante, Braguinha, Henrique Brito e Alvinho. O conjunto se dedicou à moda da época: a música nordestina; emboladas; sambas com tempero do nordeste; embora, seus trajes e sotaques mais pareciam de caipiras. A indústria e o comércio fonográfico cresciam bastante no Rio de Janeiro, quando foram convidados para gravar pela Parlophon, subsidiária da Odeon.

A inserção no Bando dos Tangarás abriu o caminho para Noël iniciar sua carreira como compositor popular. Ainda em 1929, ele escreveu a sua primeira composição, uma embolada, intitulada “Minha Viola”.

Noël Rosa tinha grande admiração por Sinhô, freqüentador assíduo da Casa da Tia Ciata, localizada na Praça Onze, onde os batuques do samba, influenciado pelo maxixe, ecoavam livremente. O “Poeta da Vila”, contudo, se integrou a outro tipo de samba, que veio do bairro do Estácio, onde vivia Ismael Silva, e se espalhou pelos morros da cidade como Salgueiro, Mangueira, Favela, Saúde, Macacos. Noël subiu o morro e se integrou aos sambistas que lá viviam e compôs com alguns deles, como Cartola, do morro da Mangueira, e Canuto e Antenor Gargalhada, do Salgueiro. O “poeta” e Francisco Alves (que juntos fizeram parceria no grupo Ases do Samba) foram os maiores responsáveis pela consagração de diversos compositores negros de samba.

Este tipo de samba que veio do Estácio, mais marcheado e acompanhado por instrumentos de percussão, era aquele tocado nos blocos, como o “Deixa Falar”, que deu origem à primeira “Escola de Samba”. No carnaval de Vila Isabel havia dois blocos: o Cara de Vaca, organizado, com componentes selecionados e cercados por um cordão de isolamento, e o Faz Vergonha, composto por populares e com sambas improvisados, do qual fazia parte Noël Rosa. As batalhas de confete no Boulevard eram o ponto alto do desfile de blocos.

Desde a adolescência, Noël adorava as serenatas e serestas. O local favorito das noitadas era o cruzamento do Ponto dos Cem Réis, em Vila Isabel, onde os bondes “mudavam de seção”, ponto de botequins e esquinas. Era ali que se reunia com os amigos e tomava a sua cerveja preferida, a Cascatinha. No Café Vila Isabel, ele compôs a maior parte das suas composições. De bar em bar, em “Conversa de Botequim”, e de amores em amores, como o que sentia por Fina, para quem fez “Os Três Apitos”, teceu suas canções. Freqüentava também os prostíbulos do Mangue, e era fascinado pelos malandros, homens que exploravam as mulheres, minas ou mariposas, e viviam da jogatina. Na Lapa chegou a conhecer o famoso Madame Satã, como também Ceci, a sua “Dama do Cabaré”.

O ano de 1930 mudou a história do Brasil e a vida de Noël Rosa. Na política nacional, Getúlio Vargas assumiu a presidência do país por meio da chamada Revolução de 30. Nosso “Poeta” gravou o seu primeiro samba de sucesso: “Com que Roupa?”, que fazia alusão, de forma humorada, a um Brasil de tanga, ilhado em pobreza, a fome e a miséria alastrando-se como praga, conseqüência imediata da crise da bolsa de Nova York que abalou o mundo inteiro. O samba conquistou a cidade. A composição de sucesso passou a integrar o programa de diversas peças do teatro de Revista, todas encenadas nos palcos da Praça Tiradentes, que vivia dias de fulgor e esplendor. No mesmo ano, conseguiu ser aprovado no vestibular para a Faculdade de Medicina. Contudo, ficou insatisfeito com o curso e abandonou-o. Ainda assim compôs “Coração”, conhecido como “um samba anatômico”. O “novo regime” de Vargas e suas medidas governamentais também não passariam desapercebidas pelo compositor, ganhando tons de crítica bem humoradas nas letras de alguns de seus sambas como “O Pulo da Hora” ou “Que Horas São?” sobre a criação do horário de verão; “Psilone” composto em função da nova reforma ortográfica; “Samba da Boa Vontade”, sobre o pedido de Vargas aos brasileiros para manter o sorriso, mesmo num momento de crise; e, ainda “Tenentes...do Diabo”, samba jocoso quanto aos tenentes getulistas, rivais dos “Democratas”.

No começo de 1934 teve início a famosa polêmica envolvendo os compositores Noël Rosa e Wilson Batista. Este último compôs “Lenço no Pescoço”. Noël rebateu com “Rapaz Folgado”. Em resposta, Wilson compôs “Mocinho da Vila”. Ainda no mesmo ano, no período da primavera, Noël compôs “Feitiço da Vila”, uma homenagem para a rainha primaveril de Vila Isabel, Lela Casatle. Samba que colocou Noël em evidência, uma vez que o Brasil inteiro cantou a composição. A polêmica deu uma trégua e reacendeu no ano seguinte. O sucesso do “Filósofo do Samba” incomodou Wilson Batista, que gravou “Conversa Fiada”. Noel reagiu com “Palpite Infeliz”. Wilson respondeu com dois novos sambas: “Frankstein da Vila” e “Terra de Cego”.

Os anos trinta foram a chamada Era do Rádio, consagrada com a criação da Rádio Nacional. Em pouco tempo, o país inteiro ouviria suas rádio-novelas, seus programas de auditório e viria surgir muitas estrelas da nossa música, as chamadas cantoras do rádio. Aracy de Almeida e Marília Baptista foram as maiores intérpretes das canções de Noël. Este também atuou no rádio. No Programa do Casé, de Adhemar Casé, na Rádio Philips, Noël cantava e trabalhava como contra-regra. E, em 1935, Almirante conseguiu-lhe um emprego na Rádio Clube do Brasil, trabalhando como libretista no programa “Como se as óperas célebres do mundo houvessem nascido aqui no Rio”. Escreveu o libreto da ópera “O Barbeiro de Niterói”, uma paródia ao “Barbeiro de Sevilha”. Fez também as revistas radiofônicas “Ladrão de Galinhas” e a “Noiva do Condutor”. As composições de Noël também foram utilizadas no cinema. Em Alô, Alô, Carnaval (1936), compôs “Pierrot Apaixonado”, em parceria com Heitor dos Prazeres. Para o filme Cidade Mulher (1936), ele compôs seis músicas, dentre as quais “Tarzan, Filho do Alfaiate”, em parceria com Vadico.

No ano de 1937, os céus do Brasil foram atravessados pelo cometa de Hermes. Os cometas inspiraram durante milénios profundos temores na humanidade, que os considerava sinais divinos de maus presságios. O medo persistia. Foi assim com o cometa de Halley naquele ano de 1910 e voltou a ser vinte sete anos depois. E, de fato, realmente foi. Na noite do dia 04 de maio, no mesmo chalé onde nasceu na rua Theodoro da Silva, em Vila Isabel, faleceu Noël Rosa, acometido pelo “mal do século”.

Da mesma forma que nasceu num ano turbulento, Noël disse “Adeus” num ano de grandes transformações, cumprindo assim um ciclo de mudanças. Ele mudou a história da música popular brasileira. As serestas e serenatas aqui na Terra não seriam mais as mesmas sem a sua presença. Uma outra “Festa no Céu” faria ele entre anjos e arcanjos. Para sua felicidade, não viu a instalação do Estado Novo, com seu caráter repressivo e censurador, nem mesmo a chegada do “Tio Sam”. Não viu também a vida boêmia da Lapa ser susbtituída pelas boates chiques de Copacabana, onde Aracy de Almeida o imortalizou. Também não teve o prazer de ver a fundação do GRES Unidos de Vila Isabel, Agremiação carnavalesca do bairro que tanto cantou. No firmamento do samba, assim como a estrela Dalva, a estrela de Noël, finalmente, no céu despontou e jamais se apagou. Foi o seu “Último Desejo”. Por isso, cantamos: “Quem nasce lá na Vila, nem sequer vacila, ao abraçar o samba”. Saudades de ti, Noël!!!


Carnavalesco: Alex de Souza
Autores do Enredo: Alex de Souza, Alex Varela (historiador) & Martinho da Vila.
Texto da Sinopse: Alex Varela


Bibliografia:


CABRAL, Sérgio. No Tempo de Almirante. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.
. As Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1996.

CALDEIRA, Jorge. A construção do Samba. São Paulo: Mameluco, 2007.

MÁXIMO, João; DIDIER, Carlos. Noel Rosa: Uma biografia. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1990.

Gostaríamos de registrar um agradecimento especial aos jornalistas João Máximo e Sérgio Cabral que colaboraram para a pesquisa e elaboração do enredo.

Fonte: http://www.gresunidosdevilaisabel.com.br/carnaval2009.asp

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Seminário: “Pensamentos Políticos do Movimento Negro: Reparação ou Ação Afirmativa?”

CONVITE

O Centro Cultural José Bonifácio e o Movimento de Luta pela Reparação para o Povo Negro e Povos Indígenas - MORENE

Convidam para o seminário:

“Pensamentos Políticos do Movimento Negro: Reparação ou Ação Afirmativa?”

Data: 12/12/2009 (sábado)

Local: CENTRO CULTURAL JOSÉ BONIFÁCIO(Rua Pedro Ernesto, 80 - Gamboa).

Horário: 9h às 18h

PROGRAMAÇÃO

9h - Abertura e credenciamento
10h às 10h30min - Apresentação dos Temas
Reparação -Yedo Ferreira
Ação Afirmativa - Ministro Edson Santos (a confirmar)
10h30min às 13h - Grupos Temáticos
13h às 15h- Almoço
15h às 18h - Plenário Conclusivo com apresentação dos relatórios dos grupos.

APOIO CCJB

Contatos: CCJB (21) 9550-7241 - Amauri

www.reparationsbrasil.org

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

COJIRA: Seminário discute o papel da mídia na produção de conteúdo sobre afrodescendentes no Censo 2010!!!

Seminário discute o papel da mídia na produção de conteúdo sobre afrodescendentes no Censo 2010



A Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial do Rio (Cojira-Rio), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), realiza no próximo dia 09/12, a partir das 19h, o Seminário "O papel da mídia e o impacto na opinião pública sobre os dados desagregados de raça e etnia no Censo 2010". O evento integra a programação anual da Cojira-Rio no mês de dezembro pelo Dia Internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A entrada é franca.


O encontro, que acontecerá no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, à Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar – Centro/RJ, vai reunir especialistas em indicadores econômicos, pesquisadores, jornalistas, estudantes e interessados em avaliar o papel da mídia brasileira na produção de conteúdos e na sensibilização junto à opinião pública a partir dos dados desagregados de raça e etnia que serão coletados no próximo Censo.


Em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai realizar a coleta de dados que irá compor o mais completo retrato da população brasileira. Pela primeira vez, o Censo vai incorporar os itens “raça e etnia” na pesquisa feita pelos recenseadores em todos os domicílios residenciais. Até agora, os dados divulgados pelo IBGE sobre essa temática eram realizados apenas por amostragem.



O Censo 2010 irá orientar todo o planejamento público e privado na próxima década. Portanto, a desagregação dos dados por raça e etnia deverá influenciar no aperfeiçoamento das políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial e étnica no Brasil. Neste sentido, opinião pública precisa ter acesso às informações e ser sensibilizada a partir da produção de conteúdos que visibilize as condições sócio-econômicas de afrodescendentes e indígenas no país.


Os palestrantes serão Maria Inês Barbosa, coordenadora do Programa Gênero, Raça e Etnia do UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) Brasil e Cone Sul – que virá de Brasília especialmente para o evento –, José Luis Petruccelli (pesquisador titular do IBGE), Wania Santanna (consultora da Ouvidoria da Petrobras e membro do Grupo de Trabalho Afrodescendentes das Américas) e Aziz Filho (jornalista e gerente regional da TV Brasil). A mediação será da jornalista Angélica Basthi.



O Seminário "O papel da mídia e o impacto na opinião pública sobre os dados desagregados de raça e etnia no Censo 2010" é uma realização da Cojira-Rio vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.



SERVIÇO
Evento: Seminário O papel da mídia e o impacto na opinião pública sobre os dados desagregados de raça e etnia no Censo 2010
Data: 09/12/09 (quarta-feira)
Horário: Das 19h às 21h
Local: Auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, à Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar – Centro/RJ
Entrada franca!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

DIA NACIONAL DO SAMBA - PAGODE DO TREM - PROGRAMAÇÃO 2009




DIA NACIONAL DO SAMBA

A idéia de se estabelecer um dia para homenagear o samba surgiu no encerramento do I Congresso Nacional, realizado entre os dias 28 de novembro e 2 dezembro de 1962, onde se consagrou o Dia do Samba.

Criada por decreto-lei, a data é o reconhecimento aos artistas e a todos aqueles que ao longo de muitos anos fizeram do Carnaval a maior expressão da cultura popular brasileira. O IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional aprovou, em 9 de outubro de 2007, em votação de seu conselho consultivo, o samba carioca como patrimônio cultural imaterial do Brasil, nas suas três principais formas de expressão: o partido alto, o samba de terreiro e o samba-enredo.

TREM DO SAMBA

O "Trem do Samba" mantém a tradição nas comemorações do Dia Nacional do Samba. Rodas de Samba e grupos tradicionais cariocas ocupam os vagões de trens numa festa super animada, da Central do Brasil a Oswaldo Cruz.

Em comemoração ao Dia Nacional do Samba, será realizada a 14ª edição do Trem do Samba, no dia 2 de dezembro, a partir das 17 horas, na estação Central do Brasil.

No palco montado na estação, o compositor e idealizador do evento, Marquinhos de Oswaldo Cruz, receberá seus convidados, entre eles, a Bateria do Mestre Faísca, a Velha Guarda da Portela, Mangueira, Vila Isabel, Império Serrano e Salgueiro, além dos sambistas Wilson Moreira, Nelson Sargento, Walter Alfaiate, entre outros.

Após esquentar os tamborins, quatro trens da SuperVia terão seus vagões ocupados por várias rodas de samba, de grupos tradicionais do Rio de Janeiro, como o Pagode da Tia Doca, Cacique de Ramos e a Velha Guarda das Escolas de Samba. Todas as viagens sairão da estação Central do Brasil com destino à estação de Oswaldo Cruz, sem paradas nas demais estações.

Para embarcar nesta festa, será necessário trocar 1 kg de alimento não perecível por um ticket de entrada, a partir das 14 horas do dia 2 de dezembro, na estação Central do Brasil. A troca é limitada as primeiras 3 mil pessoas e os alimentos arrecadados serão doados para o Banco Rio de Alimentos, do programa Fome Zero. Os foliões também poderão viajar comprando uma passagem de trem no valor normal de R$ 2,50. O primeiro trem sairá às 19h15min, seguido por viagens às 19h45min, 20h15min e às 20h45min, encerrando o evento na Central. Os passageiros viram foliões e cedem espaço para surdos, repiques e tamborins, no ritmo do samba.

Em Oswaldo Cruz, três palcos estarão montados para a festa continuar, começando às 19 horas. No primeiro, ao lado da via férrea, nomes como Noca da Portela, Almir Guineto, Tia Doca e Marquinhos de Oswaldo Cruz, entre outros. O segundo, localizado na Rua Átila da Silveira, receberá sambistas como os Partideiros do Cacique, Mauro Diniz, Ernesto Pires e Zé Luiz do Império. Localizado na Praça da Portela, o terceiro palco terá shows com grupo Descendo a Serra, Ari do Cavaco, Velha Guarda da Portela, Império Serrano, Salgueiro, Mangueira e Portela.

Os foliões não precisam se preocupar quanto à volta para casa. Repetindo a experiência de sucesso em 2008, a SuperVia programou trens extras saindo da estação de Oswaldo Cruz, com destino à Central do Brasil, às 23, 24 e 01 horas. Além disso, às 24 horas terá trens passando em Oswaldo Cruz com destino à Santa Cruz e Japeri, parando em todas as estações. A empresa recomenda aos clientes para adquirirem o ingresso de volta antecipado nas bilheterias das estações.

O Trem do Samba é realizado pela SuperVia, com produção da LOS Moraes e patrocínio da Petrobras, Governo Federal e Lei de Incentivo a Cultura. O evento conta com o apoio da Caixa Econômica Federal, SEBRAE, Capemisa, Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial, Prefeitura do Rio de Janeiro, Cumba Discos, com promoção do Samba Social Clube.

PROGRAMAÇÃO:

Pagode do Trem 2009 (Dia Nacional do Samba – 02 de dezembro)
A partir das 16h
Ingresso para os shows: grátis
Ingressos dos trens: 1Kg de alimento não perecível. Troca por bilhete do trem especial limitado à lotação dos trens.Troca de tickets: Sex-Ter, a partir das 14, na estação Central do Brasil. Não haverá troca no domingo.

Partida dos trens:
Central do Brasil – Av. Presidente Vargas, s/nº
Ida: Trem 1 (19h15), Trem 2 (19h45), Trem 3 (20h15) e Trem 4 (20h45)
Volta: Trem 1 (23h), Trem 2 (23h30), Trem 3 (00h) e Trem 4 (01h)

SHOWS NA CENTRAL DO BRASIL

Local: Central do Brasil, a partir das 16h

A companhia “Dançando para não dançar” homenageia Luiz Carlos da Vila e Pixinguinha
16:00 - ABERTURA: BATERIA DO MESTRE FAÍSCA
17:00 - MARQUINHOS DE OSWALDO CRUZ
17:30 - VELHA GUARDA DA PORTELA
17:50 - VELHA GUARDA DO IMPÉRIO SERRANO
18:10 - VELHA GUARDA DA MANGUEIRA
18:30 - VELHA GUARDA DO SALGUEIRO
18:45 - VELHA GUARDA DE VILA ISABEL
19:00 - WILSON MOREIRA
19:15 - WALTER ALFAIATE
19:30 - NELSON SARGENTO

PARTIDAS DOS TRENS PARA OSWALDO CRUZ

Primeiro trem – Saída: 19h15 – Plataforma 2A

Vagão 1 – Velha Guarda da Portela e Marquinhos de Oswaldo Cruz
Vagão 2 – Pagoda da Tia Doca
Vagão 3 – Bloco da Cachaça
Vagão 4 – Pagode do Negão da Abolição
Vagão 5 – Grupo Autonomia
Vagão 6 – Clube do Samba
Vagão 7 – Embaixadores da Folia
Vagão 8 – Quilombo

Segundo trem – Saída: 19h45 – Plataforma 2B

Vagão 1 - Velha Guarda do Império Serrano e Ruivão
Vagão 2 - Grupo Roda do Bip Bip
Vagão 3 – Pagode do Nelsinho e da Wilma
Vagão 4 - Bateria do Mestre Faísca
Vagão 5 –Manga Preta
Vagão 6 – Pagode da Tia Ciça

Terceiro Trem – Saída: 20h15 – Plataforma 2A

Vagão 1 – Velha Guarda da Mangueira
Vagão 2 – Velha Guarda do Salgueiro
Vagão 3 – Pagode do Sambola com Democráticos de Guadalupe
Vagão 4 – Bloco Voltar pra Quê?
Vagão 5 – Grupo Samba pra Valer
Vagão 6 – Grupo Regente

Quarto Trem – Saída: 20h45 – Plataforma 2B

Vagão 1 – Velha Guarda da Vila Isabel
Vagão 2 – Grupo Parados na Ponte
Vagão 3 – Quizomba
Vagão 4 – Cacique de Ramos
Vagão 5 – Pagode do Renascença
Vagão 6 – Democráticos de Guadalupe
Vagão 7 – Grupo Nossa Arte de Niterói
Vagão 8 – Locomotivas do Samba

SHOWS EM OSWALDO CRUZ

PALCO 1: Local: Rua João Vicente, ao lado da Estação de Oswaldo Cruz - 19:00 às 01:00h

Abertura: Nem e Pagode da Tia Doca
Marquinhos de Oswaldo Cruz
Délcio Carvalho
Bandeira Brasil
Noca da Portela
Marquinhos Diniz
Almir Guineto
PALCO 2: Local: Rua Átila da Silveira - 19:00 às 01:00h
Abertura: Grupo do César
21:00h - Pagode do Negão

Mauro Diniz
Ernesto Pires
Marquinhos de Oswaldo Cruz
Zé Luiz
Toninho Geraes
Partideiros do Cacique

PALCO 3: Local: Praça Paulo da Portela - 19:00h às 01:00h
Abertura: Grupo Descendo a Serra
Ari do Cavaco
Velha Guarda do Salgueiro
Velha Guarda da Mangueira
Tantinho da Mangueira
Marquinhos de Oswaldo Cruz
Velha Guarda da Portela
Velha Guarda do Império Serrano
Velha Guarda de Vila Isabel
Anderson Paz

RODAS DE SAMBA EM OSWALDO CRUZ – DAS 20H À 01H

RODA DE SAMBA 01 – Bloco da Cachaça
RODA DE SAMBA 02 – Grupo Manga Preta
RODA DE SAMBA 03 – Grupo Autonomia
RODA DE SAMBA 04 – Quizomba
RODA DE SAMBA 05 – Mestre Faísca
RODA DE SAMBA 06 – Democráticos de Guadalupe
RODA DE SAMBA 07 – Clube do Samba
RODA DE SAMBA 08 – Pagode do Gil com Grupo Parados na Ponte
RODA DE SAMBA 09 – Pagode da Tia Ciça
RODA DE SAMBA 10 – Pagode da Dulcinha e do Zau
RODA DE SAMBA 11 – Luciano da Carvoaria com Quilombo
RODA DE SAMBA 12 – Pagode do Renascença
RODA DE SAMBA 13 – Grupo Senzala
RODA DE SAMBA 14 – Pagode da Vera Caju com Embaixadores da Folia
RODA DE SAMBA 15 – Grupo Regente
RODA DE SAMBA 16 – Pagode do Nelsinho e da Wilma
RODA DE SAMBA 17 – Roda do Bip Bip

São varias rodas de samba em locais tradicionais de Oswaldo Cruz, onde moraram figuras ilustres do bairro e sambistas tradicionais.

BLOCO DE PARTIDO ALTO
Início: 20h - Bloco de Partido Alto com:
• Marquinhos de Oswaldo Cruz
• Cacique de Ramos
• Renatinho Partideiro

Local: Vai da Rua Carolina Machado (esquina com Rua Fernandes Marinho) à Praça Paulo da Portela (Oswaldo Cruz)