Helio Ventura

Helio Ventura
Helio Ventura, Cientista Social e Músico

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

III ENCONTRO DE CINEMA NEGRO



PROGRAMAÇÃO E OUTROS DETALHES EM:



III Encontro de Cinema Negro Brasill, África e Américas

Entre os dias 9 e 18 de novembro, Rio de Janeiro reúne oficinas, seminários e 49 filmes em cinco espaços da cidade


Consolidando cada vez mais o diálogo entre Brasil e África entra em cena, no Rio de Janeiro, o III Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Américas, que acontece entre os dias 9 e 18 de novembro, reunindo representantes do cinema negro de diversas partes do mundo. Idealizado pelo cineasta Zózimo Bulbul, o evento funciona como um fórum de reflexões e ideias, difundidas através de diferentes ações ao redor da cidade. Este ano, o Encontro aposta na nova geração da cinematografia afro-descendente e conta, não só com a participação de diretores renomados, como principalmente, de novos realizadores do Brasil, Estados Unidos, Cuba e de diferentes países do continente africano.

Pela terceira vez consecutiva na cidade, em 2009, o Encontro ampliou a participação de filmes internacionais, incluindo não só obras africanas como de todas as Américas. A curadoria, assinada por Zózimo Bulbul, este ano contou com o apoio de dois cineastas: o conceituado diretor africano Mansour Sora Wade (parte da seleção africana) e o cubano Rigoberto Lopez (parte da seleção caribenha). Ambos estiveram presentes no Encontro de 2008 e, este ano, vem intensificar a parceria Internacional. Le feux de Mansaré (Mansour), foi premiado no Fespaco2009 (Festival Pan-Africano de Cinema de Ouagadogou), o mais importante festival da África, no qual Bulbul já esteve presente por duas vezes, em 1997 e 2009. Nesta última, Bulbul foi convidado pela direção daquele festival para ser curador de uma mostra brasileira representada por oito cineastas.

Para esta edição do III Encontro de Cinema Negro Brasil África e Américas foram selecionados cerca de 50 títulos, entre documentários, longas de ficção, médias e curtas-metragens, na maioria, realizado por jovens diretores, na faixa de 20 e 40 anos. Em geral, são obras contemporâneas que trazem um retrato amplo sobre as tradições e as raízes africanas presentes nas diferentes culturas. "São filmes que falam do mundo, das relações entre as pessoas e que valorizam a terra, a tradição e o território. Na minha opinião, nada mais contemporâneo do que isso", explica Bulbul.

Ao todo, serão 23 filmes brasileiros, 14 africanos, 5 caribenhos e 5 americanos, além de um canadense e um colombiano. Mais uma vez, o evento acontece em diversos pontos da cidade, com ingressos a preços populares (R$ 3) ou com entrada franca. De 9 a 15 de novembro, as atividades se concentram no Centro, tendo como palco o Cinema Odeon BR, o Centro Cultural Justiça Federal, a Lapa (onde uma tenda será montada em praça aberta), além do Centro Afro Carioca de Cinema, onde acontecem encontros diários pela manhã. Na Zona Sul, o Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, abriga o Encontro entre os dias 16 e 18.

Como sempre, o objetivo é valorizar a presença do negro e suas temáticas no cinema nacional e internacional. "Nosso objetivo é mostrar a força e a importância da cultura negra que tentaram esconder por tantos anos e que lutamos até hoje para tirar da invisibilidade", afirma Bulbul. Por isso, além de apresentar uma gama diversificada de filmes, o Encontro busca promover a troca de experiências entre profissionais e público, através de oficinas de capacitação gratuitas e debates com produtores, críticos, estudantes e todos os entusiastas da sétima arte. "Nossa meta é promover o diálogo entre Brasil e África e mostrar que há muitas semelhanças entre as duas culturas mesmo após tanto tempo de ruptura. O Encontro é o nosso quilombo cinematográfico, o nosso ponto de resistência", revela Bulbull

A largada para o III Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Américas será dada, dia 9, com uma recepção para convidados no Centro Cultural Justiça Federal, a partir das 17h30. Em seguida, às 18h, a Orquestra de Cordas da Grota faz as honras da casa no Cine Odeon. Lá, os mestres de cerimônia Hilton Cobra e Daniela Ornelas entram em cena para iniciar a mesa de abertura, com as falas do Ministro Edson Santos, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e do Sr. Zulu Araujo, da Fundação Cultural Palmares. Por fim, ao som de tambores africanos, a voz será do convidado especial da noite: o africano Mansour Sora Wade, que apresenta seu filme Le feux de Mansaré, exibido em seguida para o público.

OFICINAS

O III Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Américas vai promover ainda quatro oficinas de capacitação para o público, com entrada franca. São elas:

Produção de Cinema e Vídeo, com Flávio Leandro, professor da Escola de Artes da Mangueira.

Oficina de Roteiro, com Antônio Molina, cineasta cubano residente no Brasil com ampla experiência em cursos de roteiro junto a projetos sociais através do cinema, entre eles os cursos do Cidan e o projeto Viajando na telinha.

Oficina de Conteúdo Histórico do Cinema Negro, com Zózimo Bulbul, idealizador do evento.

Aula Master para Iniciados em Cinema, com Mansour Sora Wade, do Senegal.

SERVIÇO

III ENCONTRO DE CINEMA NEGRO BRASIL, ÁFRICA E AMÉRICAS

De 9 a 18 de novembro

Abertura para convidados: 9 de novembro

Cinema Odeon Petrobras

Praça Mahatma Gandhi 2, Cinelândia. Tel.: 2240 1093

Ingressos: Sessões de Cinema: R$ 3. Seminário: Entrada Franca

Capacidade: 600 lugares

Centro Cultural Justiça Federal

Av. Rio Branco 241, Centro. Tel.: 3261 2550

Ingressos: Sessões de Cinema: R$ 3 Seminário: Entrada Franca

Capacidade: 40 lugares

Espaço Tom Jobim

Rua Jardim Botânico 1.008

Ingressos: R$ 3

Capacidade: 400 lugares

Centro Afro Carioca de Cinema

Rua Joaquim Silva 40, Lapa. Tel.: 2508 7381

Ingressos: entrada franca

Capacidade: 30 lugares

Tenda Lapa

Arcos da Lapa. Exibição de filme ao ar livre

Ingressos: entrada franca

PROGRAMAÇÃO

9 DE NOVEMBRO - SEGUNDA-FEIRA

Noite de abertura

17h30 - Centro Cultural Justiça Federal: recepção para convidados e patrocinadores

18h - Cine Odeon: apresentação da Orquestra de Cordas da Grota

18h30 - Cine Odeon: Mesa de Abertura: mestres de cerimônia Hilton Cobra e Daniela Ornelas. Participação do cineasta Mansour Sora Wade falando sobre o filme Le feux de Mansaré.

20h - Exibição do filme Le feux de Mansar

10 DE NOVEMBRO - TERÇA-FEIRA

Centro Afro Carioca de Cinema:

9h30 - Café da Manhã e roda de conversa com todos os cineastas convidados

Cine Odeon

12h às 13h30 - Sessão para colégios dos filmes:

12h às 13h30 - Sessão para colégios dos filmes:

El color no hace al ladrón - 1'56", ficção, Colômbia, 2006. Direção: Frammy García/Lady Fernández

Os seres humanos não podem valer de acordo com a cor de sua pele. "El Color no Hace Al Ladrón" foi exibido na Mostra Itinerante de Filmes do Caribe em 2006.

Além do olhar -20', ficção, Brasil, 2008. Direção coletiva dos alunos do Cinema Nosso

Ás vezes, quando nos encontramos em meio a tantos problemas e pensamos que não nos resta mais possibilidades, é quando podemos descobrir que no simples observar de uma paisagem natural podemos refletir sobre o nosso objetivo principal, o de viver

Duas Paisagens e uma troca de olhar - 9', documentário, Brasil, 2009. Alunos da Cufa

O filme propõe uma troca de olhares entre as cidades de São Felix e Cachoeira, situadas em margens opostas do mesmo Rio Paraguaçu e unidas pela ponte D. Pedro II. Duas paisagens que se congraçam na força da tradição Nagô. Uma troca de olhares das Yalaorixás de Cachoeiras que recebem as Yalaorixás de São Félix.

De Cor - 9'22, ficção, Brasil, 2008. Direção coletiva dos alunos do Cinema Nosso

Dois jovens de etnias, nacionalidades e idiomas diferentes se conhecem e descobrem que existe algo, além de suas diferenças que podem uni-los.

Ame Noire - Black Soul - 9'47", animação, Canadá, 2000. Direção: Martine Chartrand

Uma avó conta ao seu neto histórias do seu povo. As histórias, que são do povo negro, falam dos faraós negros e da escravidão. A solidão nos campos de algodão, a coragem dos escravos, o sofrimento e a rebelião para se livrarem da opressão. O filme recebeu diversos prêmios, entrre eles, o Urso de Ouro de melhor curta-metragem no Festival de Berlim.

Uma Mãe como Eu - 15', ficção, Brasil, 2008. Direção: Luis Carlos Nascimento (Secretário geral do Cinema Nosso)

Um filme sobre mulheres que perderam seus filhos devido à brutalidade policial. As mães se unem na esperança e na luta pela justiça.

Caixa Preta - 17'30" , documentário, Brasil, 2009. Direção: Ana Claudia Okuti

Conta a história de um jovem de uma comunidade do Rio de Janeiro, que por dificuldades econômicas, resolve arrumar um emprego por incentivo da avó. Porém, eles não esperavam que uma "Caixa Preta" modificaria o caminho, transformando a esperança em uma triste realidade.

14h às 15h30 - Exibição dos filmes:

A voz dos Quilombos (Parte I - Região Médio Paraíba). 23', documentário, Brasil, 2009.

Direção: Lelette Couto

Documentário idealizado pela equipe da Superintendência da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. O filme tem por objetivo dar visibilidade aos remanescentes dos quilombos que vivem na Região Médio Paraíba, interior do Estado do Rio de Janeiro. A produção do filme foi acompanhada por jovens que participaram do I Encontro Estadual da Juventude Quilombola promovido pela mesma Secretaria em 2008.

Santas Ervas - 1 5'57, documentário, Brasil, 2009. Direção: Linconl Santos/Alexandre Nascimento.

"Santas Ervas" mostra a história de Dona Letícia, erveira, moradora de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Dona Letícia sustenta uma herança de conhecimentos africanos e brasileiros sobre ervas, suas diferenças e funcionalidades.

La femme que porte l'Afrique - 55,' documentário, França/Burkina Faso, 2008. Direção: Idriss Diabaté.

Com a presença do cineasta.

Filmado em Burkina Faso e Costa do Marfim,, o documentário mostra a situação da mulher Áfricana no início do terceiro milênio. Com a crise econômica ocorrida na África nos anos 1980-1990, muitos homens perderam seus empregos e pela precariedade em que viviam, encontraram a morte. As mulheres então assumem a função de prover o sustento da família. "La Femme Porte que L' afrique" mostra a persistência e a coragem dessas mulheres Áfricanas para garantir o sustento dos seus.

16h às 17h35 - Mah Saah Sah, 95', ficção, Camarões, 2008. Direção: Daniel Kamwa. Com a presença do cineasta.

Nachar é um jovem de 16 anos que que quando perde o pai e vai morar em uma aldeia com seu tio. Lá ele conhece a jovem Mapon, por quem se apaixona. Já adulto Nachar enfrenta uma série de obstáculos para viver ao lado de sua amada e, além disso, um rumor põe em dúvida a sua circuncisão. Nachar então deve competir com outros concorrentes no ritual da dança da sedução na frente de testemunhas, todos aldeões para viver com Mapon.

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18h às 19h20 - II Va Pleuvoir sur Conakry - 113', ficção, Guiné/França, 2007. Direção: Cheikh Fantamady Camara. Com a presença do cineasta:

Bangaly Bayo é um estudante de filosofia e história na universidade de Conakry. Seu pai é o líder espiritual de sua aldeia. A namorada de Bangaly, que pensa em participar do concurso Miss-Guiné engravida, mas o pai de Bangaly recusa-se a ver uma criança tida como impura, pois foi concebida fora do casamento. "Il Va Pleuvouir sur Conakry" abrange tanto o conflito de gerações como o dilema Áfricano que encontra seu caminho entre a velha tradição, a religião e a modernidade.

20h às 20h30 - Em quadro - A História de 4 Negros nas Telas, 93', documentário, Brasil, Ano 2009. Com a presença do cineasta e atores.

Retrata a vida e a obra dos atores Ruth de Souza, Léa Garcia, Zezé Motta e Mílton Gonçalves, passando por momentos fundamentais na construção de uma identidade cultural brasileira. Relembram diversos movimentos culturais até chegarem a uma análise de como o mercado artístico está reagindo ao protagonismo negro. A obra visa atender à lei 10.639 e será distribuída em escolas da rede pública de ensino.

Centro Cultural Justiça Federal

14h30 - Exibição dos filmes:

XIII Marcha Noturna - (São Paulo) 25' , documentário, Brasil, 2009. Direção Viviane Ferreira.

Conta a história da Marcha Noturna que há 13 anos inicia o primeiro minuto do dia 13 de maio com um protesto contra o racismo e todas as formas de discriminação. A cada ano com um tema diferenciado, a marcha começa com um ato cultural em frente à Igreja Nossa Senhora do Carmo, seguido de um ato ecumênico e posteriormente percorre ruas históricas para população negra da cidade de São Paulo.

Movimento Negro - O Brasil em Durban - 21' 04'', documentário, 2001. Direção: Filo Filó

Relata a participação da delegação brasileira na Conferência Mundial contra o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância Correlata, realizada em 2001, em Durban, na África do Sul. O filme mostra também o apoio de estrelas internacionais como Jess Jackson, Danny Glover, Henry Belafonte e do líder cubano Fidel Castro. O Brasil contou com a maior delegação presente na Conferência, com mais de quinhentos participantes, resultado do processo de articulação de organismos governamentais e da sociedade civil.

15h10- Fela Kuti:- Musique au Poing (Fela Kuti:: a música é a arma do futuro), 52', documentário Nigéria/França, 1982. Direção: Stéphane Tchalgadjieff/J. Jacques Flori

A música era a arma do artista nigeriano Fela Anikulado Kuti, o rei do Afrobeat. Para o artista, a música foi a sua arma para lutar contra o regime opressor de seu país. Fela Kuti: não só retomou a bandeira do afrobeat, mas também promoveu uma identidade Áfricana livre da influência ocidental.

18 às 21h - Oficina de Produção de Cinema e Vídeo. Com Flavio Leandro

DIA 11 DE NOVEMBRO-QUARTA-FEIRA

Centro Afro Carioca de Cinema

10h às 13h - Seminário com Zózimo Bulbul e Julio Cesar Tavares; Zozimo Bulbul e Julio Cesar Tavares

Cheikh Fantamady Camara - Guine Konacry

Idriss Diabatè - Costa do marfim

Mansour Sora Wade - Senegal

Daniel Kamwa - Camarões

Missa Hebie - Burkina Faso

Julio Cesar Tavares - Mediador

Cine Odeon

14h - Leu Feux de Mansaré 77' 19", ficção, Senegal, 2009. Direção: Mansour Sora Wade. Com a presença do cineasta.

Filmado em Burkina Faso e Costa do Marfim, o documentário mostra a situação da mulher Áfricana no início do terceiro milênio. Com a crise econômica ocorrida na África nos anos 1980-1990, muitos homens perderam seus empregos e pela precariedade em que viviam, encontraram a morte. As mulheres então assumem a função de prover o sustento da família. "La Femme Porte que L' afrique" mostra a persistência e a coragem dessas mulheres Áfricanas para garantir o sustento dos seus.

16h - Mah Saah Sah - Daniel Kamwa.95', ficção, Camarões, 2008. Direção: Daniel Kamwa. Com a presença do cineasta.

Nachar é um jovem de 16 anos que quando perde o pai e vai morar em uma aldeia com seu tio. Lá ele conhece a jovem Mapon, por quem se apaixona. Já adulto Nachar enfrenta uma série de obstáculos para viver ao lado de sua amada e, além disso, um rumor põe em dúvida a sua circuncisão. Nachar então deve competir com outros concorrentes no ritual da dança da sedução na frente de testemunhas, todos aldeões para viver com Mapon.

20h - Cuba, Une Odyssée Áfricaine (Cuba, uma Odisséia Áfricana)118',documentário França/Egito/Reino Unido, 2006. Direção Jihan El Tahri

O documentário faz uma análise de como a Guerra Fria afetou o continente Áfricano. Os soviéticos desejavam estender sua influência a um novo continente, os Estados Unidos aspiravam se apropriar das riquezas naturais da África e as antigas potências perdiam sua poder colonial. Nesse contexto, as jovens nações africanas defendiam sua independência há pouco adquirida. Jovens revolucionários africanos, como Almicar Cabral e Agostinho Neto, pedem ajuda aos guerrilheiros cubanos em sua luta. A Cuba de Fidel Castro exerce um papel central na nova estratégia ofensiva das nações do terceiro mundo contra o colonialismo dos novos e antigos impérios.

Centro Justiça Federal

16h - La femme que porte l'Afriqu - 55', documentário, França/Burkina Faso, 2008. Direção: Idriss Diabaté

Filmado em Burkina Faso e Costa do Marfim, o documentário mostra a situação da mulher Áfricana no início do terceiro milênio. Com a crise econômica ocorrida na África nos anos 1980-1990, muitos homens perderam seus empregos e pela precariedade em que viviam, encontraram a morte. As mulheres então assumem a função de prover o sustento da família. "La Femme Porte que L' afrique" mostra a persistência e a coragem dessas mulheres Áfricanas para garantir o sustento dos seus.

18h - Leu Feux de Mansaré 77' 19" ficção Senegal, 2009. Direção: Mansour Sora Wade.

Filmado em Burkina Faso e Costa do Marfim, o documentário mostra a situação da mulher Áfricana no início do terceiro milênio. Com a crise econômica ocorrida na África nos anos 1980-1990, muitos homens perderam seus empregos e pela precariedade em que viviam, encontraram a morte. As mulheres então assumem a função de prover o sustento da família. "La Femme Porte que L' afrique" mostra a persistência e a coragem dessas mulheres Áfricanas para garantir o sustento dos seus.

20h - Twelve Disciples - 73,' documentário, EUA/África do Sul, 2005. Direção: Thomas Allen Harris.

Vencedor de quatro prêmios, o documentário "The Twelve Disciples of Mandela" ("Os Doze Discípulos de Mandela") conta a historia de exilados que lutaram contra o Apartheid na África do Sul. Em 1960 os discípulos deixaram a África do Sul para dar início a um movimento global contra a opressão e perseguição. Um desses exilados, Benjamin Pule Leinaeng, foi padrasto do diretor Allen Harris.

18h às 21h - Oficina de Roteiro com Antonio Molina

Lapa

19h às 22h - Exibição dos filmes em praça pública:

El color no hace al ladrón - 1'56", ficção, Colômbia, 2006. Direção: Frammy García/Lady Fernández

Os seres humanos não podem valer de acordo com a cor de sua pele. "El Color no Hace Al Ladrón" foi exibido na Mostra Itinerante de Filmes do Caribe em 2006.

Além do Olhar - 20,' ficção, Brasil, 2008. Direção coletiva dos alunos do Cinema Nosso

Ás vezes, quando nos encontramos em meio a tantos problemas e pensamos que não nos resta mais possibilidades, é quando podemos descobrir que no simples observar de uma paisagem natural podemos refletir sobre o nosso objetivo principal, o de viver

Não ganhei este Edital (Leandro Firmino) - 8'30", ficção, 2009. Direção: Julio Pecly

Filmado em um único dia, num período de três horas, "Eu Não Ganhei Esse Edital" conta a história de um roteirista que corre contra o tempo tentando colocar seu roteiro num edital público e, depois,, se frustra ao ver que não foi um dos escolhidos. Com Leandro Firmino da Hora.

De Cor - 9'22", ficção, Brasil, 2008. Direção coletiva dos alunos do Cinema Nosso

Dois jovens de etnias, nacionalidades e idiomas diferentes se conhecem e descobrem que existe algo, além de suas diferenças que podem uni-los.

Ame Noire - Black Soul, 9'47", animação, Canadá, 2000. Direção: Martine Chartrand

Uma avó conta ao seu neto histórias do seu povo. As histórias, que são do povo negro, falam dos faraós negros e da escravidão. A solidão nos campos de algodão, a corajem dos escravos, o sofrimento e a rebelião para se livrarem da opressão. O filme recebeu diversos prêmios, entrre eles, o Urso de Ouro de melhor curta-metragem no Festival de Berlim.

Santas Ervas - 1 5'57, documentário, Brasil, 2009. Direção: Linconl /Alexandre Nascimento.

"Santas Ervas" mostra a história de Dona Letícia, erveira, moradora de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Dona Letícia sustenta uma herança de conhecimentos africanos e brasileiros sobre ervas, suas diferenças e funcionalidades.

O Passo de Madureira - 12'42', documentário, 2009. Direção: Tiago Araújo/Marcos Vinícius de Araújo Silva/Leonardo Gomes

Compara duas épocas: os anos 1970 e os dias atuais. Um dos bairros mais tradicionais da cidade do Rio de Janeiro, Madureira pode ser considerada a capital do subúrbio, que gira em torno do bairro que a partir dos anos 70 ganhou uma grande força artística. O filme é resultado do projeto formação profissional de jovens para inserção socioeconômica na cadeia produtiva do Turismo.

Uma Mãe como Eu - 15', ficção, Brasil, 2008. Direção: Luis Carlos Nascimento (Secretário geral do Cinema Nosso)

Um filme sobre mulheres que perderam seus filhos devido à brutalidade policial. As mães se unem na esperança e na luta pela justiça.

Caixa Preta - 17'30" , documentário, Brasil, 2009. Direção: Ana Claudia Okuti

Conta a história de um jovem de uma comunidade do Rio de Janeiro, que por dificuldades econômicas, resolve arrumar um emprego por incentivo da avó. Porém, eles não esperavam que uma "Caixa Preta" modificaria o caminho, transformando a esperança em uma triste realidade.

A voz dos Quilombos (Parte I - Região Médio Paraíba). 23', documentário, Brasil, 2009.

Direção: Lelette Couto.

Documentário idealizado pela equipe da Superintendência da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. O filme tem por objetivo dar visibilidade aos remanescentes dos quilombos que vivem na Região Médio Paraíba, interior do Estado do Rio de Janeiro. A produção do filme foi acompanhada por jovens que participaram do I Encontro Estadual da Juventude Quilombola promovido pela mesma Secretaria em 2008.

Duas Paisagens e uma troca de olhar - 9' documentário Brasil, 2009. Alunos da Cufa

O filme propõe uma troca de olhares entre as cidades de São Felix e Cachoeira, situadas em margens opostas do mesmo Rio Paraguaçu e unidas pela ponte D. Pedro II. Duas paisagens que se congraçam na força da tradição Nagô. Uma troca de olhares das Yalaorixás de Cachoeiras que recebem as Yalaorixás de São Félix.

DIA 12 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA

Centro Afro Carioca de Cinema

10h às 13h - Seminário com Rigoberto Lopez - Cuba

Anne Lescot - Haiti

Antonio Molina - Cuba

Viviane Ferreira - São Paulo

Sheila Walker

Cine Odeon

14h -Exibição dos filmes:

Ame Noire - Black Soul, 9'47", animação, Canadá, 2000. Direção: Martine Chartrand

Uma avó conta ao seu neto histórias do seu povo. As histórias, que são do povo negro, falam dos faraós negros e da escravidão. A solidão nos campos de algodão, a corajem dos escravos, o sofrimento e a rebelião para se livrarem da opressão. O filme recebeu diversos prêmios, entrre eles, o Urso de Ouro de melhor curta-metragem no Festival de Berlim.

Mensajero de Los dioses - 45' documentário Cuba, 1989/1990. Direção: Rigoberto Lopez

Em uma casa de um bairro de Havana se celebram, os "tambores," que são oferecidos às deidades do panteão yorubá: Iemanjá e Xangô. Pela primeira vez, se registram valores sócio-culturais, até então vedados ao testemunho cinematográfico. Abordando um fato essencial da cultura popular de Cuba,"Mensageiros de los Dioses" contribui para o conhecimento da herança deixada pelos negros e ajuda na afirmação do autêntico rosto étnico do povo cubano.

Hacer arte, hacer justicia (Danny Glover) -40' documentário, Cuba, 2003. Direção: Rigoberto López

O cineasta cubano Rigoberto Lopez entrevista o ator norte-americano Danny Glover. Glover, mas conhecido pelos grandes sucessos de bilheteria de Hollywood como "Máquina Mortífera," fala de seu engajamento na luta pelo direito civil dos negros e outras minorias, a hegemonia cinematográfica das grandes produções norte-americanas no mundo e o papel do negro no cinema.

16h - Rue des cases negres - 100' Ficção, 1982. Direção: Euzhan Palcy

Martinica, início dos anos trinta. O joven José e sua avó vivem em uma pequena aldeia onde o menino aprende histórias sobre a África contadas por um velho trabalhador açucareiro. Com a morte do velho, o jovem passa a contar as histórias com suas própias palavras e as apresenta na escola com tanta propriedade, que o acusam de as ter copiado de algum livro. Humilhado, José foge da escola e vai para a cidade, onde se envolve em diversos problemas.

18h - Ame Noire - Black Soul 9'47" animação, Canadá, 2000. Direção: Martine Chartrand

Uma avó conta ao seu neto histórias do seu povo. As histórias, que são do povo negro, falam dos faraós negros e da escravidão. A solidão nos campos de algodão, a corajem dos escravos, o sofrimento e a rebelião para se livrarem da opressão. O filme recebeu diversos prêmios, entrre eles, o Urso de Ouro de melhor curta-metragem no Festival de Berlim.

20h - Com a presença do cineasta.

Roble de Olor - Cheiro de Carvalho) 135' ficção Cuba, 2002. Direção: Rigoberto Lopez

Primeira metade do século XIX. Cuba é uma região turbulenta, de enigmas, sonhos e tragédias que parecem nunca ter fim. Uma mulher negra e distinta de Santo Domingo (Haiti) e um alemão, comerciante recém-chegado à ilha, protagonizam a história do amor infinito que fez florescer o cafezal mais rico de Cuba.

Centro Justiça Federal

14h30 -Exibição dos filmes:

Mocambos Invisíveis - 45' Ano 2008 Documentário. Salvador (BA) Direção: Danila de Jesus/ Vilma Neres

Mostra o cotidiano de seis moradores da Vila Via Metrô, uma região pobre da cidade de Salvador, Bahia, onde os moradores vivem em condições precárias e desumanas. Os personagens relatam sonhos, alegrias e tristezas. Mocambos Invisíveis não é somente uma crítica ás precárias condições de moradia, mas, sobretudo, a documentação da ausência do poder público.

Marco Konká -

15h10 -Fela Kuti:: Musique au Poing (Fela Kuti:: a música é a arma do futuro), 52', documentário Nigéria/França, 1982. Direção: Stéphane Tchalgadjieff/J. Jacques Flori

A música era a arma do artista nigeriano Fela Anikulado Kuti, o rei do Afrobeat. Para o artista, a música foi a sua arma para lutar contra o regime opressor de seu país. Fela Kuti: não só retomou a bandeira do afrobeat, mas também promoveu uma identidade Áfricana livre da influência ocidental.igéria/França, 1982.

18 às 21h - Oficina de Conteúdo Histórico do Cinema Negro - com Zózimo Bulbul

DIA 13 DE NOVEMBRO - SEXTA-FEIRA

Centro Afro Carioca de Cinema

10 às 13h - Seminário com Yoruba Richen - Eua

Thomas Allen Harris - Eua

Jeferson De

Zozimo Bulbul

Carlos Alberto Medeiros

Cine Odeon

14h - Exibição dos filmes



Prefeitura Rio reconhece o erro racial!


... a Guerreiros e Guerreiras que permanecem na Luta


RIO 2016 – UM FUTURO COMEÇA AGORA

Aproveitando este maravilhoso slogan, levando em consideração:

1) A grande visibilidade das Olimpíadas mundialmente, na qual cada cidadão é responsável pela conquista;

2) A reflexão da Lei 10.639/03 e 11.645/08 que inclui a cultura afro brasileira e indígena nas escolas;

3) Além de cumprir com as exigências do COI - Comitê Olímpico Internacional com relação a Educação Olímpica como uma alternativa de política pública de esporte e lazer no que tange a inclusão social, podendo ser iniciado através da campanha publicitária.

Depois de uma movimentação da comunidade negra, solicitando a Prefeitura, que é responsável em administrar as Escolas Municipais, a necessidade de termos no Prédio Principal da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, localizado na Rua Afonso Cavalcanti, 455 - Cidade Nova, a visibilidade da criança negra. Esse gesto estaria mais próximo da realidade de nossas crianças de escolas PÚBLICAS.

É lógico, que estamos no trabalho para que nas campanhas publicitárias possam incluir outros grupos desfavorecidos de visibilidade. Exigimos uma reflexão dos publicitários e das pessoas de marketing sobre o ETNOCENTRISMO.*

O futuro não poderá ser MELHOR se não tivermos a visibilidade de outros grupos. Temos uma diversidade da qual devemos nos orgulhar.

Viva a População BRASILEIRA.
Somos e temos
Estimativa
.

Parabéns para TODAS as pessoas que estiveram juntas, e principalmente, a comunidade Negra pela conquista.

(Nas próximas campanhas, aguardamos também uma foto de uma menina negra, certo?)

Ao pontapé inicial de Luis Carlos Gá, IPCN, COMDEDINE e demais Instituições e Sociedade Civil.

Um outro Futuro começa agora.

PARABÉNS!

Etnocentrismo – Visão do mundo que considera o grupo a que o indivíduo pertence o centro de tudo. Elegendo-o como o mais correto e como padrão cultural a ser seguido por todos, considera os outros, de alguma forma, diferentes, como inferiores.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Etnocentrismo