Helio Ventura

Helio Ventura
Helio Ventura, Cientista Social e Músico

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Morre Abdias do Nascimento, o mais importante pensador e ativista do movimento negro no Brasil


Infelizmente morreu em 24 de maio de 2011 o mais importante pensador e ativista do movimento negro, Abdias do Nascimento, uma verdadeira lenda. Pesquisador, dramaturgo, professor, artista plástico, escritor e poeta, Abdias do Nascimento foi senador e secretário de estado no RJ, professor emérito da Universidade do Estado de Nova York, professor visitante na Universidade de Yale e no Departamento de Línguas e Literaturas da Universidade de Ifé, na Nigéria. Fundou em 1944 o Teatro Experimental do Negro no Rio de Janeiro. É autor de mais de uma dezena de publicações sobre racismo e suas peças teatrais e religiosidade foram desenvolvidas tendo como centralidade as matrizes africanas. Nossas mais sinceras condolências. Devemos render todas as merecidas homenagens ao nosso grande e já saudoso ícone de um povo, tão importante para a luta antidiscriminatória de nosso país. Já nos faz muita falta. Ele continuará vivo dentro do coração de cada ativista. Força nesse momento e muito Axé para seus familiares, principalmente nossa querida Eliza Larkin Nascimento.

 "" Abdias do Nascimento não é um patrimônio só do Brasil.
Ele é um patrimônio de toda a humanidade."

- Senador Paulo Paim, Alvorada, RS, novembro de 2002.


Recomendamos a leitura da maravilhosa biografia feita por Éle Semog, publicada pela Editora Pallas: Abdias – o Griot e as Muralhas.
Dois vídeos também mostram um pouco a face humana e a história desse ativista:
http://www.youtube.com/watch?v=kjT-nbvV0uE
http://www.youtube.com/watch?v=fvSvdDwvVaw&feature=related

Perda para todos nós...
Perda para toda Diáspora Africana
Perda para os povos da Terra Mãe

Abdias Nascimento: Aquele que Fez a Coisa Certa!

IPEAFRO informa e agradece as mensagens de condolências

Abdias Nascimento


O corpo do Professor Abdias Nascimento será velado na

Câmara Municipal do Rio de Janeiro
(Praça Floriano nº 1 – Cinelândia),

nesta quinta-feira, dia 26/05, no horário das 18h. às 23h., e
na sexta-feira, dia 27/05,
das 6h. às 11h.

Jornalista e militante do movimento negro, Abdias falece aos 97 anos no Rio de Janeiro

[Extraído de SEPPIR lamenta morte de Abdias Nascimento]

Faleceu na manhã desta terça-feira, 24, no Rio de Janeiro, Abdias Nascimento, grande ativista na luta contra o racismo e as desigualdades raciais no Brasil e no mundo. O paulista que nasceu em Franca, em 1914, cresceu em uma família pobre, porém muito organizada e carinhosa. Formou-se em contabilidade pelo Atheneu Francano, em 1929.

Com 15 anos, alista-se no exército e vai morar na capital São Paulo. Na década dos 1930, engaja-se na Frente Negra Brasileira e luta contra a segregação racial em estabelecimentos comerciais da cidade. Prossegue na luta contra o racismo, organizando o Congresso Afro-Campineiro em 1938. Funda em 1944, o Teatro Experimental do Negro, entidade que patrocina a Convenção Nacional do Negro em 1945-46.

A Convenção propõe à Assembléia Nacional Constituinte de 1946 a inclusão de políticas públicas para a população afrodescendente e um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-pátria.

À frente do TEN, Abdias organiza o 1º Congresso do Negro Brasileiro em 1950.

Militante do antigo PTB; após o golpe de 1964, participa, desde o exílio, da formação do PDT. Já no Brasil, lidera em 1981, a criação da Secretaria do Movimento Negro do PDT.
Na qualidade de primeiro deputado federal afrobrasileiro a dedicar seu mandato à luta contra o racismo (1983-87), apresenta projetos de lei definindo o racismo como crime e criando mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira. Como senador da República (1991, 1996-99), continua essa linha de atuação.

O Governador Leonel Brizola o nomeia Secretário de Defesa e Promoção das Populações Afrobrasileiras do Estado do Rio de Janeiro (1991-94). Mais tarde, é nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000).

No dia 10 de maio, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro lançou a 1ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, que marca atividades relativas ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O prêmio visa estimular, anualmente, a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra.

Com informações do site http://www.abdias..com.br/
No ano 2009 houve uma grande mobilização nacional e no mundo com a indicação de Abdias Nascimento para o Prêmio Nobel da Paz.  No ano de 2006, seu amigo Aimé Césaire havia sido indicado para o mesmo Prêmio.  Essas lideranças negras, Griots, não lograram o  Nobel.

Morre Abdias do Nascimento
Internado há um mês, dramaturgo, político e escritor de 97 anos lutou pelos direitos dos negros
25 de maio de 2011 | 0h 00

Wilson Tosta e Tiago Rogero / RIO - O Estado de S.Paulo
Um dos pioneiros do movimento de luta contra a discriminação racial no Brasil, o ator, diretor, dramaturgo e político Abdias do Nascimento morreu ontem no Hospital Federal dos Servidores, no Rio de Janeiro, aos 97 anos, de insuficiência cardíaca - era hipertenso e diabético. Perseguido pela ditadura, precisou deixar o País no fim dos anos 60 e, depois de voltar ao Brasil, engajou-se na militância partidária, pela legenda do PDT, tendo sido deputado e senador. Sempre que tinha oportunidade, denunciava a situação de inferioridade social dos negros brasileiros. Abdias morreu após cerca de um mês de internação.
Nascido em Franca (SP) em 1914, Abdias é considerado responsável pela criação do Teatro Experimental do Negro (TEN), atuante no Rio de Janeiro de 1944 a 1968 e considerada a primeira companhia teatral brasileira aberta a promover a inclusão do artista afrodescendente. Antes disso, começara sua militância pela causa da igualdade racial no Brasil - tabu na época - aos 16 anos, em 1930, quando se integrou à Frente Negra Brasileira.
Depois de participar do 1º Congresso afro-campineiro, que discutiu como resistir à discriminação no Brasil, Abdias, no início dos anos 40, foi a Buenos Aires, onde assistiu a O Imperador Jones, de Eugene O"Neill, cujo protagonista negro era vivido por um branco maquiado. A partir desse episódio, passou a refletir sobre a mesma situação no teatro brasileiro e começou a pensar a criação de um teatro para valorizar os artistas negros brasileiros. De volta ao Brasil após um período estudando no Teatro del Pueblo, teve de esperar para colocar a ideia em prática: foi preso por crime de resistência, anterior à viagem, e levado ao Carandiru. Mesmo ali, não cessou sua militância, criando o Teatro do Sentenciado.
O TEN foi aberto com apoio de outros artistas e intelectuais, ministrando cursos de interpretação e até aulas de alfabetização e introdução à cultura geral, para formar atores negros. O espetáculo de estreia foi o mesmo O Imperador Jones, em 1945. Depois, como ator, participou de mais duas peças de O"Neill: Todos os Filhos de Deus Têm Asas e O Moleque Sonhador. Em 46, na comemoração de dois anos do TEN, protagonizou um trecho de Otelo, de Shakespeare, com Cacilda Becker.
Ironicamente, a discriminação o atingiria em 1948, quando com o nome profissional como ator em ascensão foi cogitado por Nelson Rodrigues para viver Ismael, o protagonista de Anjo Negro. Nenhum teatro consagrado admitiu ter uma peça cujo ator principal seria negro. O "grande negro de ventas triunfais" sonhado por Nelson teve de ser interpretado por Orlando Guy, com o rosto tingido.
Sob o regime militar, exilou-se de 1968 a 1978, atuando como conferencista, professor e escritor. Entre seus livros estão Sortilégio, Dramas Para Negros e Prólogo Para Brancos, O Negro Revoltado. De volta ao Brasil, engajou-se na política. Foi deputado federal de 1983 a 1987 e senador da República de 1997 a 1999, ligando-se fortemente ao Movimento Negro Unificado (1978). Em 2006, em São Paulo, instituiu o dia 20 de novembro como a data oficial da consciência negra. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília.



Página Eletrônica Oficial de Abdias do Nascimento


BIOGRAFIA


As raízes africanas mergulham em terra brasileira, e brota no interior de São Paulo e Minas a vida do menino Abdias. Nascido em Franca, capital dos calçados, conheceu descalço a vida rural e urbana daquele tempo ainda perto da escravatura. Trabalhava na cidade e brincava nas fazendas onde sua mãe prestava serviços, às vezes como ama-de-leite. Desse tempo ficam as lembranças e os anseios de liberdade expressos no vôo de pássaros e borboletas.
Como adulto, os múltiplos talentos e formas de expressão de Abdias Nascimento voltam-se todos para o avanço da causa anti-racista.
Na dramaturgia, poesia e pintura, no engajamento na luta internacional pan-africanista e na atuação como deputado federal, senador e secretário de estado, desenvolve aspectos dessa luta, a que dedicou plenamente uma vida de 90 anos.
Ao espelho te vejo negrinho
Te reconheço garoto negro
Vivemos a mesma infância
A melancolia partilhada do teu profundo olhar
Era a senha e a contra senha
Identificando nosso destino
Confraria dos humilhados
A povoar de terna lembrança
Esta minha evocação de Franca.

























































Nasce em Franca, SP, em 1914, o segundo filho de Dona Josina, a doceira da cidade, e Seu Bem-Bem, músico e sapateiro. Abdias cresce numa família coesa, carinhosa e organizada, porém pobre, e vai se diplomar em contabilidade pelo Atheneu Francano em 1929.
Com 15 anos, alista-se no exército e vai morar na capital São Paulo. Na década dos 1930, engaja-se na Frente Negra Brasileira e luta contra a segregação racial em estabelecimentos comerciais da cidade. Prossegue na luta contra o racismo organizando o Congresso Afro-Campineiro em 1938. Funda em 1944 o Teatro Experimental do Negro, entidade que patrocina a Convenção Nacional do Negro em 1945-46.
A Convenção propõe à Assembléia Nacional Constituinte de 1946 a inclusão de políticas públicas para a população afro-descendente e um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-pátria.
À frente do TEN, Abdias organiza o 1º Congresso do Negro Brasileiro em 1950.
Militante do antigo PTB, após o golpe de 1964 participa desde o exílio na formação do PDT. Já no Brasil, lidera em 1981 a criação da Secretaria do Movimento Negro do PDT.
Na qualidade de primeiro deputado federal afro-brasileiro a dedicar seu mandato à luta contra o racismo (1983-87), apresenta projetos de lei definindo o racismo como crime e criando mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira. Como senador da República (1991, 1996-99), continua essa linha de atuação.
O Governador Leonel Brizola o nomeia Secretário de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro (1991-94). Mais tarde, é nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000).


Entre peças teatrais, poesia, ensaios e trabalhos de pesquisa, Abdias tem mais de 20 livros publicados de sua autoria. Também organizou revistas, antologias e coletâneas que registram a sua atuação cívica e cultural, bem como as realizações das entidades que criou. Sua peça Sortilégio tem duas versões, ambas traduzidas ao inglês.

OBRAS PUBLICADAS E SELECIONADAS
LIVROS
Quilombo: Edição em fac-símile do jornal dirigido por Abdias do Nascimento. São Paulo: Editora 34, 2003.
O quilombismo, 2ª ed. Brasília/ Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares/ OR Produtor Editor, 2002.
O Brasil na Mira do Pan-Africanismo. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais/ Editora da Universidade Federal da Bahia EDUFBA, 2002.
Orixás: os Deuses Vivos da África/ Orishas: the Living Gods of Africa in Brazil. Rio de Janeiro/ Philadelphia: Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros/Temple University Press, 1995.
A Luta Afro-Brasileira no Senado. Brasília: Senado Federal, 1991.
Africans in Brazil :a Pan-African Perspective, com Elisa Larkin Nascimento. Trenton: Africa World Press, 1991.
Brazil: Mixture or Massacre, trad. Elisa Larkin Nascimento. Dover: The Majority Press, 1989.
Combate ao Racismo, 6 vols. Brasília: Câmara dos Deputados, 1983-86. (Discursos e projetos de lei.)
Povo Negro: A Sucessão e a "Nova República". Rio de Janeiro: Ipeafro, 1985.
Jornada Negro-Libertária. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1984.
Axés do Sangue e da Esperança: Orikis. Rio de Janeiro: Achiamé e RioArte, 1983. (Poesia.)
Sitiado em Lagos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
O Quilombismo. Petrópolis: Vozes, 1980.
Sortilégio II: Mistério Negro de Zumbi Redivivo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (Peça de teatro.)
Sortilege: Black Mystery, trad. Peter Lownds. Chicago: Third World Press, 1978.
Mixture or Massacre, trad. Elisa Larkin Nascimento. Búfalo: Afrodiaspora, 1979.
O Genocídio do Negro Brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
"Racial Democracy" in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa Larkin Nascimento, 2ª ed. Ibadan: Sketch Publishers, 1977.
"Racial Democracy" in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa Larkin Nascimento, 1ª ed. Ile-Ife: University of Ife, 1976.
Sortilégio (mistério negro). Rio de Janeiro: Teatro Experimental do Negro, 1959. (Peça de teatro.)

Organização de antologias, revistas, e obras coletivas
Thoth:Pensamento dos Povos Africanos e Afrodescendentes, nos. 1-6. Brasília: Senado Federal, 1997-98..
Afrodiaspora: Revista do Mundo Africano, nos. 1-7. Rio de Janeiro: IPEAFRO, 1983-86.
O Negro Revoltado, 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
Journal of Black Studies, ano 11, no. 2 (dezembro de 1980) (número especial sobre o Brasil).
Memórias do Exílio, org. em colaboração com Paulo Freire e Nelson Werneck Sodré. Lisboa: Arcádia, 1976.
Oitenta Anos de Abolição. Rio de Janeiro: Cadernos Brasileiros, 1968.
Teatro Experimental do Negro: Testemunhos. Rio de Janeiro: GRD, 1966.
Dramas para Negros e Prólogo para Brancos. Rio de Janeiro: TEN, 1961.
Relações de Raça no Brasil. Rio de Janeiro: Quilombo, 1950.

Participação em antologias e obras coletivas
"Teatro Experimental do Negro: trajetória e reflexões". Revista do Instituto de Estudos Avançados, USP 18(50), 2004, p. 209-224.
"Comentário ao Artigo 4º", in Direitos Humanos: Conquistas e Desafios. Brasília: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil/ Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998.
"Quilombismo: the African-Brazilian Road to Socialism," in Asante, Molefi K. e Abarry, Abu S., orgs., African Intellectual Heritage: a Book of Sources. Philadelphia: Temple University Press, 1996.
Sortilege: Black Mystery, trad. Peter Lownds. Callaloo, A Journal of African-American and African Arts and Letters, v. 18, n. 4 (1995). Special Issue, African Brazilian Literature. Johns Hopkins University Press.
Sortilege II: Zumbi Returns (peça dramática) in Crosswinds: an Anthology of African Diaspora Drama, ed. de William B. Branch. Bloomington: Indiana University Press, 1991.
"Quilombismo: the African-Brazilian Road to Socialism," in African Culture: the Rhythms of Unity, ed. Molefi K. Asante e Kariamu W. Asante. Trenton: Africa World Press, 1990. (Primeira edição publicada em 1987 pela Greenwood Press.)
"Teatro Negro del Brasil: una Experiencia Socio-Racial," in Popular Theater for Social Change in Latin America, a Bilingual Anthology, ed. by Gerardo Luzuriaga. Los Angeles: UCLA Latin American Studies Center, 1978.
"African Presence in Brazilian Art," Journal of African Civilizations 3:2 (novembro de 1981).
"Reflections of an Afro-Brazilian," Journal of Negro History LXIV:3 (verão 1979).
"Afro-Brazilian Theater, a Conspicuous Absence," Afriscope VII:1 (Lagos, janeiro de 1977).
"Afro-Brazilian Art: a Liberating Spirit," Black Art: an International Quarterly I:1 (outono de 1976).
"Open Letter to the First World Festival of Negro Arts," Presence Africaine XXX:58 (verão de 1968).
"Carta Aberta ao Festival Mundial das Artes Negras," Tempo Brasileiro, ano IV, número 9/10 (abril-junho de 1966).
"The Negro Theater in Brazil," African Forum II:4 (primavera de 1967).
"Mission of the Brazilian Negro Experimental Theater," The Crisis 56:9 (outubro de 1949).

Abdias do Nascimento

Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 24 de maio de 2011[1]) foi um político e ativista social brasileiro.
Foi um dos maiores defensores da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil, nome de grande importância para a reflexão e atividade sobre a questão do negro na sociedade brasileira. Teve uma trajetória longa e produtiva, indo desde o movimento integralista, passando por atividade de poeta (com a Hermandad, grupo com o qual viajou de forma boêmia pela América do Sul), até ativista do Movimento Negro, ator (criou em 1944 o Teatro Experimental do Negro) e escultor.
Após a volta do exílio (1968-1978), insere-se na vida política (foi deputado federal de 1983 a 1987, e senador da República de 1997 a 1999), além de colaborar fortemente para a criação do Movimento Negro Unificado (1978). Em 2006, em São Paulo, criou o dia 20 de Novembro como o dia oficial da consciência negra. Recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Brasília.[2] Autor de vários livros: "Sortilégio", "Dramas Para Negros e Prólogo Para Brancos", "O Negro Revoltado", e outros.[3]
Foi também professor benemérito da Universidade do Estado de Nova Iorque.[4]
Foi casado quatro vezes. Sua terceira esposa foi a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e a última a norte-americana Elizabeth Larkin, com quem teve um filho.

Publicações
  • "Africans in Brazil: a Pan-African perspective" (1997)
  • "Orixás: os deuses vivos da Africa" (Orishas: the living gods of Africa in Brazil) (1995)
  • "Race and ethnicity in Latin America - African culture in Brazilian art" (1994)
  • "Brazil, mixture or massacre? essays in the genocide of a Black people" (1989)
  • "Sortilege" (black mystery) (1978)
  • "Racial Democracy in Brazil, Myth or Reality?: A Dossier of Brazilian Racism" (1977)
Filmografia
  • Cinema de Preto (2005)
  • Cinco Vezes Favela (1962)
  • Terra da Perdição (1962)
  • O Homem do Sputnik (1959)
Referências
  1. http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=5726608/
  2. Universidade de brasília.
  3. *Joseph A. Page (1995), The Brazilians. Da Capo Press. ISBN 0-201-44191-8.
  4. Biografia.