Helio Ventura

Helio Ventura
Helio Ventura, Cientista Social e Músico

sábado, 26 de maio de 2012

Valeria Lima e Helio Ventura sextas 22h na Praça dos Aposentados

Música ao Vivo todas as sextas na Praça dos Aposentados, no Bar Vermelhinho.
Convidamos tod@s a prestigiarem nosso trabalho de musical, tocando diversos ritmos.
Valeria Lima (Voz) & Helio Ventura (Violão e Voz)
Local: Praça dos Aposentados, bairro Dr. Laureano, Duque de Caxias (Rua Chopin, em frente ao Col[egio Estadual Hebert Moses)
Horário: a partir das 22h
Data: Sextas (a partir de 26 de maio de 2012 - inauguração foi num sábado)
Não percam!!! Contamos com sua presença!!!

 


















Valeria Lima e Helio Ventura 5as de junho 18h na Praça do Pacificador

Música ao Vivo todas as 5ªs de junho na Praça do Pacificador, no Projeto Canto da Cidade, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias.
Convidamos tod@s a prestigiarem nosso trabalho de musical, tocando diversos ritmos.
Valeria Lima (Voz) & Helio Ventura (Violão e Voz)
Local: Praça do Pacificador, Centro de Caxias (atrás do Teatro Raul Cortez, em frente a C&A)
Horário: da 18h às 22h30
Data: Quintas-feiras, dias 7, 14, 21 e 28 de junho de 2012
Não percam!!! Contamos com sua presença!!!

 


















quarta-feira, 16 de maio de 2012

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Palestras na OAB Caxias sobre questões etnicorraciais


Aguardo vocês lá!!!
Entidades sem fins lucrativos, Associações, Conselhos Municipais, Comunidades Tradicionais de Terreiros de Duque de Caxias, não podem ficar de fora... São vocês que promovem trabalhos para a garantia da igualdade de direitos e o fim do racismo!!!

Data 18 de maio de 2012
Horário 14 ás 17 h.
Local: OAB - Duque de Caxias, Rua Passo da Pátria 191 (transversal à Av. Brigadeiro Lima e Silva/ próximo da UNIGRANRIO) - Bairro  Jardim 25 de Agosto.


  A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, a Subsecretaria de Direitos Humanos através da Coordenação Municipal de Políticas e Promoção de Igualdade Racial e Direitos Humanos - COMPPIRD promove o Projeto CAFÉ COM DIREITOS - DIREITO DO NEGRO.
Neste dia ocorrerão palestras voltadas para questões étnico-raciais que servirão de suporte para a discussão do Plano Municipal de Igualdade Racial  que está sendo elaborado pela COMPPIRD conjuntamente com entidades da sociedade civil,  secretarias governamentais e munícipes interressados na temática. Esta uma iniciativa de intercâmbio entre a SMASDH ( município ) e SEASDH ( estado ) no combate ao racismo, promoção igualdade de direitos  e fortalecimento    da   ampliação de  programas e projetos de desenvolvimento social.
 

Profª Valeria Teixeira
Presidente de Honra do Centro Cultural Agué Marê
Coordenadora do Mutirão para Legalização das Comunidades Tradicionais de Terreiros do Estado do Rio de Janeiro
Conselheira do Conselho Municipal de Cultura de Duque de Caxias/RJ
Membro do Grupo de Trabalho para Enfrentamento a Intolerância e Discriminação Religiosa para Promoção de Direitos Humanos da SEASDH/RJ
Contatos: (21) 2675-0615 / 9327-0094 / 9879-8707 / 8385-7943 / 7744-2234 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Supremo decide, com unanimidade, a favor das cotas raciais



Supremo decide, com unanimidade, a favor das cotas raciais


Todos os dez ministros votaram favoravelmente às cotas


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/supremo-decide-com-unanimidade-favor-das-cotas-raciais-4744152#ixzz1tfgNZAX2 

Indio Guarani Araju Sapeti e expulso pela segurançaa do STF após protestar dentro do Plenário durante votação sobre o sistema de cotas raciais para o acesso à universidade brasileira
Foto: Gustavo Miranda/Agencia O globo

Indio Guarani Araju Sapeti e expulso pela segurançaa do STF após protestar dentro do Plenário durante votação sobre o sistema de cotas raciais para o acesso à universidade brasileiraGUSTAVO MIRANDA/AGENCIA O GLOBO
BRASÍLIA - Todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram favoravelmente à política de cotas raciais para ingresso na Universidade de Brasília (UnB). Os dez ministros da Corte são a favor das cotas. O ministro Luiz Fux, o primeiro a votar nesta sessão, afirmou que a reserva de 20% das vagas para negros no vestibular é uma forma de “remediar desvantagens impostas por minorias em razões de preconceitos passados”. Foi o segundo voto no julgamento de uma ação proposta pelo DEM contra a medida. O julgamento começou na quarta-feira, com o voto do relator, Ricardo Lewandowski, no mesmo sentido. O ministro Dias Toffoli não participará do julgamento porque está impedido. Quando ele era advogado-geral da União, deu parecer sobre o assunto.
- Uma coisa é vedar a discriminação; outra coisa é implementar políticas que levem à integração social e étnica do afro-descendente diante dessas ações afirmativas, principalmente dessa integração social acadêmica - disse Fux.
O ministro ressaltou para um “paradoxo do sistema” segundo o qual “só chega na universidade pública quem estudou em escola privada”. Para ele, não há uma resposta plausível para essa injustiça.
- A opressão racial dos anos da sociedade escravocrata brasileira deixou cicatrizes que se refletem na diferenciação dos afro-descendentes. A injustiça do sistema é absolutamente intolerável - continuou. - A constituição de uma sociedade justa e solidária impõe a toda a coletividade a reparação danos pretéritos perpetrados por nossos antepassados, adimplindo obrigações jurídicas.
No meio do voto de Fux, um indígena que estava presente à sessão interrompeu o ministro. Isso porque o julgamento é sobre a política de cotas raciais em sua totalidade, e não de partes da regra. Segundo a ação do DEM, são destinadas 20% das vagas dos vestibulares para negros, e há um processo separado para seleção de indígenas, que levam 10 vagas por semestre. Ou seja, eles não fazem vestibular.
O presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, alertou que ele não poderia se manifestar.
- Se prosseguir, vou mandar os senhores te retirarem à força. Por favor, fiquem e vamos assistir ao julgamento - disse o presidente. Diante da insistência, Ayres Britto interrompeu a sessão por um minuto para que os seguranças o retirassem à força.
- A democracia às vezes tem seus momentos que as vezes ultrapassam a dose, mas faz parte da nossa Casa - lamentou Fux.
Ministra Rosa Weber também votou a favor das cotas
No discurso de seu voto, favorável às cotas, a ministra Rosa Weber afirmou que a liberdade e a igualdade devem andar juntas, e que se não há igualdade, a adoção de políticas compensatórias é necessária.
- Se os negros não chegam à universidade por óbvio não compartilham com igualdade de condições das mesmas chances dos brancos. Se a quantidade de brancos e negros fosse equilibrada poderia se dizer que o fator cor não é relevante. Não parece razoável reduzir a desigualdade social brasileira ao critério econômico - afirmou.
- Quando o negro se tornar visível nas altas esferas sociedade, política compensatória alguma será necessária. As cotas não ferem o critério do mérito. Os concorrentes às vagas de cotista devem passar por uma nota de corte, de forma que está presente também o critério do mérito - concluiu Rosa Weber.
Cármen Lúcia: Ações afirmativas são um processo
A terceira a votar na sessão desta quinta, a ministra Cármen Lúcia afirmou que a melhor opção não seria a adoção de políticas afirmativas, mas sim a igualdade de todos em uma sociedade. Ela votou a favor das cotas.
- Para ser igual e livre é preciso respeitar as diferenças, mas não fazer das diferenças algo que possa ferir nossa dignidade. As ações afirmativas não são as melhores opções, a melhor opção é uma sociedade com todo mundo livre para ser o que quiser. Isso é um processo, uma etapa, uma necessidade em uma sociedade onde isso não aconteceu naturalmente. Me parece que as políticas compensatórias devem ser acompanhadas de outras. Na minha experiência de professora, aqueles que tiveram essa oportunidade delas se valeram -afirmou em seu voto.
“É natural que ações afirmativas atraiam resistência”, diz Joaquim Barbosa
Único ministro negro da Corte, Joaquim Barbosa, votou a favor das cotas. Ele apontou que a contrariedade dos grupos que se beneficiam da discriminação às cotas é natural, e disse que nações desenvolvidas devem ter políticas inclusivas.
- Aos esforços de uns em prol da concretização da igualdade que contraponham os interesses de outros na manutenção do status quo, é natural que as ações afirmativas sofram o influxo dessas forças contrapostas e atraiam resistência da parte daqueles que historicamente se beneficiam da discriminação de que são vítimas os grupos minoritários.
Para Cézar Peluso, as pessoas dependem de oportunidades
O ministro Cézar Peluso também votou a favor das cotas. Para ele, as pessoas devem ter oportunidades, que serão importantes na construção de quem elas serão no futuro.
- O que as pessoas são e fazem dependem das oportunidades e das experiências que elas tiveram para se constituir como pessoa.(avaliar pelo ) mérito é justo apenas em relação aos candidatos que tiveram a mesma oportunidade, não é possível usar o mesmo critério para quem no passado não teve as mesmas oportunidades.
Segundo Gilmar Mendes, o modelo da UnB tem virtudes e defeitos
Mesmo seguindo o voto do relator, o ministro Gilmar Mendes alertou para uma eventual futura inconstitucionalidade do modelo da UnB (Universidade de Brasília), que não leva em conta, por exemplo, critérios sociais.
- Tenho muitas dúvidas em relação ao critério puramente racial. Aqui, não se contempla, permite-se uma possível distorção. Essa distorção precisa ser realmente enfocada. O modelo da UnB padece desse vício, podendo gerar distorções e perversões. Esse é um modelo que está sendo experimentado, cujas distorções vão se revelando no seu fazimento, e que reclama aperfeiçoamento.
Marco Aurélio Mello é o oitavo voto a favor
O oitavo ministro a votar, Marco Aurélio Mello afirmou que como há diferença social entre negros e brancos na sociedade, é possível apontar quem deve ser favorecido pelas cotas.
- Falta a percepção de que não se pode falar em Constituição Federal sem levar em conta acima de tudo a igualdade. Precisamos saldar essa dívida, do tocante a alcançar-se a igualdade. As autoridades públicas vão se pautar por critérios razoavelmente objetivos (para definir os beneficiados pelas cotas). Se somos capazes de produzir estatísticas sobre a posição do negro na sociedade e se é evidente a situação (desfavorável) do negro no mercado de trabalho, e não podemos negar isso, parece possível indicar aqueles que devem ser favorecidos pela política inclusiva.
Ações afirmativas protegem igualdade de discriminação, diz Celso de Mello
O ministro Celso de Mello, que votou a favor das cotas, destacou que a adoção desse instrumento é uma forma compensatória para garantir o direito à igualdade.
- Os deveres que emanam desses instrumentos (cotas) impõem a execução responsável e consequente dos compromissos assumidos em relação a todas as pessoas, mas principalmente aos grupos vulneráveis, que sofrem a perversidade da discriminação em razão de sua origem étnica ou racial. As ações afirmativas são instrumentos compensatórios para concretizar o direito da pessoa de ter sua igualdade protegida contra práticas de discriminação étnico-racial. Uma sociedade que tolera práticas discriminatórias não pode qualificar-se como democrática - disse.
Ayres Britto: Igualdade é valor constitucional para proteger os desfavorecidos
O último a votar, o ministro Carlos Ayres Britto, destacpu em seu voto que é preciso proteger os desfavorecidos, buscando o valor constitucional da igualdade para todos.
- Quem não sofre preconceito pela cor da pele já leva uma imensa vantagem, já é beneficiário, não desfruta de uma situação desfavorecida imbricada a outros. Aquele que sofre preconceito racial internaliza a ideia inconscientemente de que a sociedade o vê como um desigual por baixo. A igualdade só foi proclamada como valor constitucional para proteger os desfavorecidos. Os brancos, em matéria de discriminação, nunca precisaram de Constituição. Os heterossexuais nunca precisaram de Constituição.
O ministro afirmou que o preconceituoso é um “aproveitador”, que tira proveito do preconceito:
- O preconceituoso não é só um obtuso do ponto de vista lógico, ele é um obscuro do ponto de vista do crescimento interior, da solidariedade humana, da espiritualidade. Ele é um hedonista, um utilitarista um aproveitador. Ele tira vantagem econômica e social do preconceito. Por isso, o preconceito se mantém durante tanto tempo. É preciso que haja um plus da política pública promocional. É preciso que haja uma política pública diferenciada no âmbito das próprias políticas públicas. Não basta proteger. É preciso promover, elevar, fazer com que os segmentos ascenda.


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