Helio Ventura

Helio Ventura
Helio Ventura, Cientista Social e Músico

terça-feira, 13 de março de 2012

Arthur Moreira Lima grátis em Caxias

Arthur Moreira Lima se apresenta gratuitamente em Duque de Caxias, dia 15 de março às 18:00h - na praça em frente ao Palco do Teatro Raul Cortez

Arthur Moreira Lima: apresentação única e gratuita em Duque de Caxias
Pela primeira vez, o renomado pianista Arthur Moreira Lima vai estar em Duque de Caxias em apresentação única, que acontece no dia 15 de março, às 18h. O evento, que será aberto ao público, faz parte do projeto “Um Piano pela Estrada”. O evento será realizado em frente ao palco reversível do Teatro Municipal Raul Cortez, onde ficará instalado um caminhão que se transformará num palco.
“É uma honra imensa receber Artur Moreira Lima. Estamos muito orgulhosos de ser a primeira cidade da Baixada Fluminense a receber Arthur Moreira Lima”, destacou o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito.
Arthur Moreira Lima chega a Duque de Caxias pelo projeto “Um Piano pela Estrada”. A iniciativa tem como objetivo levar a música clássica a todos e utiliza um “caminhão teatro”, cujo baú-carroceria se transforma em palco. A iniciativa de circular pelos continentes transportando um piano num caminhão começou no ano de 2002.
O caminhão do projeto "Um Piano pela Estrada' se transforma em palco
Consagrado internacionalmente, o pianista Arthur Moreira Lima nasceu no Rio de Janeiro e começou a estudar piano aos seis anos de idade. Importante personalidade da nossa cultura, ele segue sua trajetória artística promovendo turnês em todos os continentes, lotando as principais salas de concerto do mundo. Reconhecido pela sua versatilidade, é considerado como um dos mais completos intérpretes clássicos brasileiros.
“Ter um artista brasileiro de reconhecimento internacional é um momento ímpar. Os duquecaxienses vão ter a oportunidade de conhecer o trabalho de um dos mais importantes artistas da atualidade”, ressaltou o secretário municipal de Cultura, Gutemberg Cardoso. No dia 15 de março, às 10h, no Mont Blanc Apart Hotel (Rua Passo da Pátria, 105, 25 de Agosto), o artista dará uma entrevista coletiva. A vinda do pianista Arthur Moreira Lima ao município conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Duque de Caxias.
O objetivo do projeto "Um Piano pela Estrada" é levar a música clássica a todos

segunda-feira, 12 de março de 2012

SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO

SOCIOLOGIA – 1º ANO

Professor: Helio Ventura

SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Para sabermos o que é ciência, o que é conhecimento científico, precisamos distingui-los do chamado senso comum. Iniciamos com as perguntas abaixo:
·         Como duvidar que o sol seja menor do que a Terra se, todo dia, vemos um pequeno círculo de cor vermelha percorrendo o céu?
·         Como duvidar que a terra seja imóvel se diariamente vemos o sol nascer, percorrer o céu e se pôr?
·         Cada espécie de animal não surgiu tal como o conhecemos? Como imaginar um peixe tornar-se réptil ou um pássaro? A Bíblia não nos ensina que Deus criou em um único dia todos os animais?
Certezas como estas estão presentes na nossa vida e expressam o que nós chamamos de "senso comum".
Porém a astronomia nos revela que o sol é muitas vezes maior do que a Terra e que é a Terra que se move em torno dele.
Já a biologia nos ensina que as espécies de animais se formaram a partir de modificações de microorganismos extremamente simples e isto ao longo de milhões de anos.
Você, com certeza, já deve ter ouvido alguém dizer: "Dize-me com que andas que eu te direi quem és"; ou: "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando".
Esses dois exemplos nos mostram como o senso comum se manifesta através dos ditos populares, das crenças do povo. É um verdadeiro receituário para o homem resolver os seus problemas da vida diária.
É um saber não-sistematizado, mas muito útil para guiar o homem na sua vida cotidiana. É obtido geralmente pelas observações realizadas pelos sentidos.
SENSO COMUM: conhecimento adquirido por tradição, herdado dos antepassados, ao qual acrescentamos os resultados da nossa experiência vivida na coletividade a que pertencemos. É o conjunto de idéias que usamos para interpretar a realidade, dotado de valores que atuam sobre o nosso modo de pensar e agir. É o primeiro estágio de pensamento. O senso comum se encontra misturado a crenças e preconceitos.
Características básicas:
·         Saber imediato. Nível mais elementar do conhecimento baseado em observações ingênuas da realidade. Está frequentemente ligado a resolução de problemas práticos do quotidiano.
·         Saber Subjetivo. Construído com base em experiências subjetivas.
·         Saber heterogêneo. Resulta de sucessivas acumulações de dados provenientes da experiência, sem qualquer seletividade, coerência ou método. Trata-se de uma forma de saber ligado ao processo de socialização dos indivíduos, sendo muito evidente a influência das tradições e idéias feitas transmitidas de geração em geração.
·         É formulado na linguagem vulgar frequentemente ambígua.
·         Saber não crítico. Conhecimento pouco generalizador.
Há, pois, uma grande diferença entre nossas certezas cotidianas e o conhecimento científico. Diríamos que o senso comum não se caracteriza pela investigação, pelo questionamento, ao contrário da ciência. Fica no imediato das coisas, caracteriza-se pela subjetividade. É ditado pelas circunstâncias. É subjetivo, isto é, permeado pelas opiniões, emoções e valores de quem o produz: "Quem ama o feio, bonito lhe parece" e "Nossa amiga que rouba é cleptomaníaca; o trombadinha é ladrão e marginal!"
JÁ O CONHECIMENTO CIENTÍFICO:
·         Desconfia de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica.
·         Onde o senso comum vê muitas vezes fatos e acontecimentos, o conhecimento científico vê problemas e obstáculos.
·         Ele busca leis gerais para os fenômenos Ex.: a queda dos corpos é explicada pela lei da gravidade. Não acredita em milagres mas acredita na regularidade, constância, freqüência dos fenômenos.
·         É generalizador, pois reúne individualidades sob as mesmas leis, sob as mesmas medidas. Ex.: a química nos revela que a enorme variedade de corpos se reduz a um número limitado de corpos simples que se combinam de modos variados.
·         Aspira à objetividade enquanto o senso comum se caracteriza pela subjetividade.
·         Dispõe de uma linguagem rigorosa cujos conceitos são definidos de modo a evitar qualquer ambigüidade.
·         É quantitativo: busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem ser diferentes. Por isto, a matemática se constitui em instrumento importante de várias ciências.
·         Tem método rigoroso para a observação , experimentação e verificação dos fatos.
·         Diferentemente do Senso Comum que muitas vezes é marcado pelo sentimento, o conhecimento científico se pretende racional.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Ideologias e visões de mundo

SOCIOLOGIA – 3º ANO

Professor: Helio Ventura
 

Ideologias e visões de mundo
 

A filósofa e professora da Universidade de São Paulo Marilena Chauí define ideologia como “um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (idéias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem fazer e como devem fazer” (Marilena Chauí, Convite à Filosofia). A ideologia, então, seria o regulador, com a função de dar uma certa unidade aos membros da sociedade, disfarçando as desigualdades sociais e espalhando um falso sentimento de igualdade e identidade comum entre as pessoas.
Principais características da Ideologia:
    Representações (idéias e valores) que nos impõem como pensar e normas ou regras de conduta que nos obrigam a agir (ou não);
    Tem a função de moldar as pessoas, adaptando-as às tarefas pré-determinadas pela sociedade;
    As desigualdades e conflitos sociais são camuflados, ou pelo falso discurso de que existe harmonia e unidade, ou pelas falsas justificativas das desigualdades existentes;
    Aceitação sem críticas dos “lugares sociais” ocupados, como se fossem “ordem natural das coisas”;
    Dominação de uma classe sobre outra.
É importante destacar que a ideologia não é simplesmente uma mentira que a classe dominante conta para a classe dominada. A classe dominante também acredita nos valores ideológicos como se fossem verdadeiros. Portanto, a idelogia é naturalizada e universalizada. Naturalizada pois é entendida como ordem natural das coisas. Universalizada pois é compartilhada por todos, dominantes e dominados. Podemos dar como exemplos de naturalização achar natural as desigualdades sociais entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, entre brancos e negros, enfim, entre quem manda e quem obedece. Um típico exemplo de universalização seria o de um operário-padrão, aquele que melhor desempenha as suas “funções sociais” dentro da empresa, ou seja, aquele que chega sempre cedo, que não reclama quando faz hora extra, que não reclama do salário e das condições impostas pelo patrão, etc. Ele faz isso pois, além de achar natural, também acredita que pode e deseja chegar a ser patrão algum dia, pois os valores que ele cultua são os mesmos da classe dominante, e se ele alcançar essa posição irá reproduzir o sistema, isto é, fará com os outros o mesmo que o seu patrão faz com ele.
Outra característica da ideologia é que ela mostra uma realidade invertida. Se um filho de operário não melhora o padrão de vida, isto é explicado como resultado de sua incompetência, falta de força de vontade ou falta de mérito, quando na realidade ele joga um “jogo de cartas marcadas” e suas chances de ascender socialmente não dependem dele, mas são ditadas pela classe dominante.
Ideologia designa um conjunto mais ou menos coerente de idéias e de crenças que influenciam os grupos ou que legitimam as respectivas formas de ação na sociedade. Os principais meios de disseminação e reprodução da ideologia são os meios de comunicação de massa, o Estado, as escolas, as religiões, entre outros.
Ideologia é um conjunto de idéias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais. O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. Karl Marx conceituou Ideologia como um sistema de pensamento, ou seja, uma forma de conceber o mundo que abrange, principalmente, os seus aspectos sociais (relações entre os homens e a sua atividade). "Visão do mundo", isto é, produto e reflexo de uma época e de uma sociedade, mais especificamente de grupos sociais reais, estratos e classes, expressando os seus interesses, a sua atividade e o seu papel histórico. Não seria, para este pensador, um sistema de pensamento neutro, pois para ele a ideologia teria uma função, que é a de legitimar, justificar e contribuir, ou para a manutenção da ordem social existente, ou para a sua transformação. Marx compreende a ideologia como uma consciência falsa, proveniente da divisão entre o trabalho manual e o intelectual. Nessa divisão, surgiriam os ideólogos ou intelectuais que passariam a operar em favor da dominação ocorrida entre as classes sociais, por meio de idéias capazes de deformar a compreensão sobre o modo como se processam as relações de produção. Neste sentido, a ideologia (enquanto falsa consciência) geraria a inversão ou a camuflagem da realidade, para os ideais ou interesses da classe dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade. A ideologia para Marx:
•    Sistema de pensamento, ou seja, forma de conceber o mundo que abrange, principalmente, os seus aspectos sociais (relações entre os homens e a sua atividade);
•    "Visão do mundo", isto é, produto e reflexo de uma época e de uma sociedade, mais especificamente de grupos sociais reais, estratos e classes, expressando os seus interesses, a sua atividade e o seu papel histórico;
•    Não é um sistema de pensamento neutro, pois tem uma função que é a de legitimar, justificar e contribuir, ou para a manutenção da ordem social existente, ou para a sua transformação.

IDEOLOGIA E CULTURA
A ideologia é um elemento da cultura. É dentro da ideologia como um elemento da cultura que cada coletividade constrói uma representação de si própria, procura dar uma interpretação daquilo que é, ao mesmo tempo que explica as suas aspirações. Se a cultura como um todo orienta a ação da coletividade, a ideologia propõe-se orientar essa ação de modo voluntário e mais explícito, procurando sempre provocar, manter e salvaguardar uma unanimidade de ação e de motivação. Portanto, a ideologia não é um mero elemento da cultura, mas o seu verdadeiro núcleo. É dentro da ideologia que se criam novos valores ou se recriam os velhos dando-lhes um novo sentido.

IDEOLOGIA E AÇÃO
Ideologia é um "sistema de idéias e de juízos, explícita e geralmente organizado, que serve para descrever, explicar, interpretar ou justificar a situação de um grupo ou de uma coletividade e que, inspirando-se em larga medida em certos valores, propõe uma determinada orientação à ação histórica desse grupo ou dessa coletividade." (G. Rocher)
As leituras ideológicas, produzidas pelos diversos grupos sociais, desempenham uma importante função social. Ao fornecerem um discurso comum sobre a realidade, através do qual os atores se reconhecem a si mesmos, justificam e mantêm a coesão do grupo, propondo, mesmo, uma orientação para a ação histórica desse grupo.
A ideologia como visão do mundo ligada aos interesses de um grupo ou estrato claramente determinado na sociedade, atuando como mola propulsora para a ação conservadora (manutenção do status quo) ou a inovadora (transformação), fundamentou e justificou, na história da humanidade, várias formas de sociedade e o seu sistema de poder político.

“O mundo escolar”
No mundo escolar existem várias idéias, concepções, pensamentos etc. que, sem percebermos, podem ser distinguidas como ideológicas. Essas idéias podem ser expressas por professores, alunos(as), funcionários(as), pais, diretores(as) ou mesmo podem ser trazidas de fora da escola por eles(as).
Exemplos:
“A escola dá oportunidades a todos os alunos de aprenderem as coisas da vida.”
“A função do professor é ensinar, a do aluno é aprender, e só.”
“Professor não pode falar de política em sala de aula.”
Todas estas frases demonstram pensamentos e idéias disseminadas não só na escola, mas em toda sociedade. Elas prescrevem normas, representam a realidade, generalizam o particular, têm um discurso lacunar, além de inverter a realidade, naturalizar e ocultar os fatos. E, prescrever normas é elaborar, repetir e manter a ordem dita “normal” das coisas.
Por exemplo, quem disse que os alunos e alunas não sabem nada e o professor(a) é o único dono(a) da verdade? E as experiências pessoais dos alunos(as). Não podemos asseverar que a função do professor é unicamente ensinar e os alunos(as) devem apenas aprender, pois na verdade o professor(a) é um mediador(a), um facilitador(a) e os alunos(as) podem muito bem ensinar coisas e compartilhar seus conhecimentos com os professores.

ATIVIDADE
1 – Agora a partir de seus conhecimentos dê exemplos de idéias que generalizam o particular e invertem a realidade.
2 – Defina o conceito de ideologia.
3 – Cite duas características da ideologia dando exemplos.
4 – Partindo do que aprendemos aqui e unindo com o que você já sabia acerca de ideologias e visões de mundo, disserte expondo suas ponderações.

VAGA PARA EDUCADOR SOCIAL

Repassando...
 
 
Divulgando vaga para Educador Social, para trabalhar na Associação Projeto Roda Viva - Apoio Escolar com crianças entre 6 e 10 anos  na Comunidade Chácara do Céu, Borel -Tijuca.
Perfil / Competências : Maior de 18 anos, Ensino médio completo, Dinâmico, pró-ativo, com experiência em trabalhar com crianças, preferencialmente que more no entorno (Tijuca).
Horário: 13 às 17 horas de 2ª a 5ª feira e 9 às 13 h às sextas-feiras;
Salário: R$ 640,00 + vale transporte+Alimentação no local


Enviar currículo no corpo do e-mail para rodaviva@rodaviva.org.br aos cuidados de Nyeta ou Tatiana. Colocar no Assunto : Vaga para educador social
Att

Tatiana Velloso
Coordenadora de Programas de Desenvolvimento Comunitário
CRESS 16694 7ª região RJ
www.rodaviva.org.br
21 2224-7456
21 3238-2915 Centro Cultural Roda Viva
21 8579-6053

O QUE É CIDADANIA?

SOCIOLOGIA – 2º ANO

Professor: Helio Ventura

O QUE É CIDADANIA?

A Cidadania é um reconhecimento dos direitos das pessoas por parte do Estado, que assegura os direitos civis, como a saúde, a educação, a moradia, o trabalho e o salário digno, além dos direitos políticos, como votar e ser votado e participar da vida política.
O principal direito do cidadão é o direito à vida, previsto no art. 5º da Constituição Federal. A partir desse direito, decorrem outros para garanti-lo: o direito à liberdade, à igualdade, à dignidade, à segurança, à moradia, à alimentação, ao emprego, ao salário, à saúde, ao lazer.
Podemos ainda conceituar os Direitos da Cidadania como o conjunto de direitos civis (art. 5º), sociais (arts. 6º a 11), políticos (arts. 14 a 16), e culturais (arts. 215 e 216), todos expressos na Constituição Federal, bem como os demais dispostos nas leis e que sejam relevantes para a dignidade da pessoa humana.
Vivemos numa sociedade em que todos(as) têm direitos e deveres. A cada direito corresponde uma obrigação social. Todos os homens e mulheres, independentemente da sua opção sexual, têm direitos e deveres consigo próprio e com os outros. Todas as pessoas são iguais perante a lei, assim como homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, conforme o art. 5º, I, da Constituição Federal. Isso quer dizer que não é mais o homem que manda na casa, e sim o casal (homem e mulher), pois os dois gozam dos mesmos direitos e obrigações.
“O seu direito termina onde começa o do seu semelhante”, transformando-se em dever. São tais deveres sociais que contribuem para o progresso social e para a estabilidade dos direitos dos demais cidadãos. Se todos(as) respeitassem seus direitos e deveres o mundo seria bem melhor. Assim, para organizar, controlar e regular a vida em comunidade é que os governos foram criados, de modo que são eleitos pelo povo para governar. Esse processo democrático impõe aos cidadãos o dever de respeitar a legitimidade dessas escolhas feitas pelo próprio povo.
Todo brasileiro deve ser um fiscal permanente as coisas da política, do Estado e da sua comunidade. Os povos que alcançaram um bom padrão de vida devem isso à participação dos cidadãos nos destinos do país, mediante muito trabalho, estudo e pesquisa. Nada se consegue de graça! Para isso, uma dose de esforço nos é exigida, de modo que devemos ser diligentes na busca dos nossos direitos. Com a soma desse conjunto de atos é que podemos construir um país mais justo e melhor! Isso depende de cada um e de toda a sociedade!
De nada adianta ficar de braços cruzados esperando que o governo resolva milagrosamente levar a você os serviços de água, esgoto, segurança, escola, saúde e alimentação. Há pessoas que acham que está tudo errado e que não há solução para isto. Outros ficam com medo, calam-se e continuam sofrendo injustiças. Outros ainda acham que não tem nada a ver com isso. Tais atitudes nada ajudam, pelo contrário, contribuem para manter as coisas como estão, sem que nada melhore. É preciso acreditar e colaborar com a justiça e a sociedade.
Comece por sua comunidade e você já estará dando uma grande contribuição a si mesmo e a toda sua gente. Você, por exemplo, tem o dever cívico não só de eleger seus governantes, como tem o direito de exigir um governo honesto, que faça obras e cuide dos serviços públicos, principalmente no município em que você reside. Verifique quais são as suas e as dos seus vizinhos; leve-as à Associação de Moradores e à Prefeitura Municipal, bem como recorra ao Prefeito, ao Vereador, ou aos Deputados que te representam.
O que nós queremos é uma sociedade que respeite os Direitos Humanos! É importante saber que não basta o direito escrito em Lei; precisamos de um direito que funcione. Precisamos conhecer os nossos direitos e exigir que sejam respeitados. Por isso, temos de lutar, “correr atrás”, pois sabemos que aquele que não luta jamais vai conseguir o que precisa. A vida é uma luta que deve começar por você e contagiar toda a comunidade.

DIREITOS E DEVERES

Os direitos e deveres estão escritos em várias leis, principalmente na Constituição Federal (que vale para todo o Brasil), na Constituição Estadual (de cada Unidade da Federação) e nas Leis Orgânicas (de cada município). Desses textos, decorrem outras leis federais, estaduais e municipais que dão tratamento específico a cada assunto.
O documento legal mais importante do país é a Constituição Federal, pois ali estão inscritos os direitos e deveres de todo o povo brasileiro, além da organização do Governo. Deste modo, nenhuma lei pode ir contra o que está na Constituição, pois, se o for, não terá efeito, será anulada. Por isso, é importante conhecer a Constituição Federal que, dentre outros, assegura os seguintes direitos:
•    Direito à livre manifestação de pensamento (art. 5º, IV) e ao exercício de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
•    Direito de livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5º, XIII), o direito de reunião (art. 5º, XVI) e de associação;
•    Participar e preocupar-se com as coisas públicas e com a política; fiscalizar a vida e a atuação dos políticos, dos governos;
•    Participar da vida sindical e cooperativa, dar idéias, criticar, sugerir propostas de como melhor encaminhar as coisas;
•    Participar da vida estudantil, cumprindo seu papel enquanto estudante, como:  estudar muito; questionar o ensino ministrado; apontar alternativas acadêmicas; desenvolver pesquisas; participar de grupos de estudo; desenvolver projetos de extensão universitária; participar das reuniões estudantis.
Os principais deveres dos cidadãos são:
•    Respeitar a vida e a integridade física das pessoas;
•    Respeitar os direitos das demais pessoas, como a liberdade, a honra e a intimidade;
•    Não discriminar ninguém por razões de idade, sexo, opção sexual, cor, profissão, condição social, religião ou procedência. A prática de racismo, também, é considerada crime permanente, sujeita à pena de prisão; o mesmo tratamento é dispensado aos crimes de prática de tortura, tráfico de entorpecentes, seqüestro, estupro e atentado violento ao pudor. Se alguém for acusado de algum desses crimes poderá ir para a cadeia e ficar preso até o seu julgamento;
•    Colaborar com a vida comunitária, participando e auxiliando na atividade das associações de moradores, de melhoramento do bairro, de conservação das ruas limpas, protegendo o patrimônio público, orelhões, escolas, monumentos, postos de saúde, etc.;
•    Ajudar as pessoas na medida do possível, isto é, sendo solitário e fraterno com o semelhante, ajudando-o na escola de seu filho ou na conservação da praça. Você pode, por exemplo, doar sangue periodicamente para ajudar os que precisam de transfusão;
•    Tratar todas as pessoas com educação e bons modos, principalmente os idosos e as crianças;
•    Respeitar as leis justas;
•    Pagar impostos;
•    Não praticar o “gato” (furto de energia elétrica e/ou água);
•    Colaborar com as autoridades, até com denúncia de problemas, crimes, corrupção, etc.
O dever de denunciar os crimes merece algumas explicações. Todo brasileiro tem o dever de comunicar às autoridades os crimes que estiverem ocorrendo, para que o governo possa reprimi-los. O maior interessado é você mesmo, já que prática de crimes perto do seu lar pode fazer que você seja também uma vítima. Caso tenha interesse em comunicar algum crime, mas tenha medo de represálias dos criminosos, faça o registro de ocorrência na delegacia mais próxima ou ligue para o Disque Denúncia, no telefone 2253-1177.
Você deve conhecer os seus direitos e deveres na ponta da língua, pois são importantes para prevenir lesão ou ameaça a direitos.